Marcelo AhmedDo G1 RJ
A escolta das autoridades que participarão da Rio+20 é o ponto mais sensível do esquema de segurança montado para o evento, segundo o delegado federal Victor Cesar Carvalho dos Santos, coordenador regional de segurança da conferência. Ele informou que 2.100 batedores, de diversas forças policiais, serão mobilizados para fazer parte dos comboios.
Estão previstos 260 comboios até o fim do encontro. O primeiro ocorreu na manhã desta segunda-feira (11), para acompanhar a princesa da Tailândia.
Há três classificações para as escoltas de autoridades: de alto, médio e baixo riscos. A estimativa é de que 23 comboios sejam de risco máximo.
Número de efetivo pode ser maior
No fim de maio, o Comando Militar do Leste (CML) informou que a segurança da Conferência das Nações Unidas de Desenvolvimento Sustentável, nome oficial da Rio+20, seria feita por um total de 15 mil homens, sendo 8 mil somente das Forças Armadas.
Mas esse número deve chegar perto de 20 mil. O cálculo anterior levava em conta somente 1,4 mil agentes da PF, mas a instituição deve mobilizar em torno de 3 mil, mais do que o dobro. O mesmo deve acontecer com outras forças de segurança, inclusive as Forças Armadas.
Completam o quadro integrantes da Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. Os órgãos mobilizados também irão coordenar e complementar as ações de segurança a cargo da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o Comando Militar do Leste, os militares já se deslocam entre diferentes pontos que incluem a Linha Vermelha, na saída da Ilha do Governador, e o entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim.As ações começaram no dia 5 de junho, data em que o Departamento de Segurança da ONU e as Forças Armadas assumiram o controle do espaço onde acontecerá a conferência.
De acordo com o comando do 1º Distrito Naval, navios e embarcações também já iniciaram ações ao longo da orla marítima.
Identificação de possíveis vítimas
O combate a possíveis atos de terrorismo e crimes cibernéticos é o foco das ações. A coordenação fica na sede do CML, no Centro do Rio, onde está sendo articulado todo o esquema de segurança para o evento.
No local, foi criado um Centro de Identificação de Vítimas de Desastre, conhecido como DVI (sigla em inglês que significa Disaster Victims Identification). O objetivo é que, em caso de um atentado terrorista, um grupo de peritos identifique vítimas em um prazo mais rápido possível.
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