quarta-feira, 13 de junho de 2012

Rio de Paz reproduz favela em Copacabana para denunciar pobreza



Sintonizado com dois temas da Rio+20 -- segurança alimentar e combate à pobreza -- o movimento Rio de Paz, filiado ao Departamento de Informação Pública da ONU, realizará durante a conferência três manifestações visando o combate à desigualdade social, à fome e à miséria no mundo: nos dias 16 e 17, sábado e domingo, uma favela será reproduzida nas areias da praia de Copacabana (Av. Princesa Isabel); no dia 18, será feita uma visita à Favela Mandela, comunidade não pacificada, em Manguinhos; e no dia 19, será montada uma mesa coberta por uma toalha branca manchada de tinta vermelha, com dezenas de pratos vazios, que terão ao lado bandeiras dos países que ainda sofrem com o problema da fome.  A informação foi antecipada hoje pela coluna de Ancelmo Gois.
Barracos serão montados, fazendo parte de um cenário que reproduzirá a triste realidade dos moradores de comunidades pobres do Rio de Janeiro. Haverá a participação de moradores de favelas como Mandela, Varginha, Rio das Pedras, Rocinha, entre outras.Turistas, moradores da cidade e pessoas que vieram para participar da Rio+20, serão convidados a ficar acampados em barracas e nos próprios barracos durante o sábado e o domingo.O ato público começará às 9h do sábado (dia 16) e será encerrado no entardecer do domingo (dia 17).
Segundo os organizadores, o principal objetivo é chamar a atenção das autoridades, empresários e representantes da sociedade civil que participarão da Rio+20, para o grave problema da desigualdade social no mundo.
Na terça-feira, dia 19, o encerramento das manifestações acontecerá a partir das 6h na praia de Copacabana (Av. Princesa Isabel).  Às 11h, voluntários sentarão à mesa, portando máscaras neutras, simbolizando o drama destes que gemem de fome e não são vistos e ouvidos pelos que podem resgatá-los de tamanha privação.
-- A Rio+20 é a oportunidade histórica de decidirmos decidir  viver num mundo onde nossa expectativa de conforto pessoal seja compatível com os recursos limitados da natureza e o amor ao próximo. Que desenvolvimento econômico compensa a destruição do nosso único lar no cosmos e convívio com a miséria dos membros da nossa própria raça? 
Se não estabelecermos metas mensuráveis de desenvolvimento sustentável e combate à desigualdade social, as gerações futuras verão este tempo como dias de insanidade, indiferença e procrastinação. Isso, se a nossa ganância não nos levar a devorar uns aos outros e ao próprio planeta, não deixando para trás nem terra nem gente -- diz Antônio Carlos Costa, líder do Rio de Paz, cujo objetivo principal é lutar pela redução de homicídios no Rio de Janeiro.

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