Ele ganhou Pulitzer por fotos no Vietnã (1965) e em Bangladesh (1972).
Alemão é coautor de dois livros: 'Requiem' (1997) e 'Lost over Laos' (2003).
EFE
Horst Faas, durante trabalho no Vietnã. (Foto: Arquivo / AP Photo) |
O fotógrafo Horst Faas, duas vezes vencedor do prêmio Pulitzer e chefe gráfico da agência americana "Associated Press" (AP) durante uma década no Vietnã, morreu nesta quinta-feira (10), aos 79 anos, em Munique, na Alemanha, informou sua filha Clare à agência na qual trabalhou durante quase meio século.
Nascido na Alemanha, o veterano correspondente de guerra começou a trabalhar na AP em 1956 e tornou-se famoso não só por suas fotografias, mas também por sua capacidade de contratar talentos como colaboradores da agência em Saigon.
Fass é mentor de alguns dos melhores fotógrafos de guerra do mundo, e suas imagens foram premiadas com o Pulitzer tanto no Vietnã, em 1965, como em Bangladesh, em 1972.
Imagem feita por Horst Faas durante ação dos soldados dos EUA no Sul do Vietnã. (Foto: Arquivo / AP Photo) |
Gravemente ferido no sul do Vietnã em 1967, mesmo assim continuou sua carreira, na qual dirigiu o trabalho de outros repórteres de sua época. Um deles foi Nick Ut, vencedor do Pulitzer em 1972, com a imagem da menina vietnamita nua fugindo de um ataque de napalm.
Outro dos fotógrafos que formaram sua equipe foi Eddie Adams, autor de outra das fotografias mais conhecidas daquela guerra, a execução de um suspeito pelo chefe de polícia do Vietnã do Sul durante a ofensiva do Tet, em fevereiro de 1968.
Seu início como repórter gráfico foi nas guerras do Congo e da Argélia, até que foi transferido a Saigon em 1962, onde chegou no mesmo dia que seu companheiro Peter Arnett, com o qual formou uma dupla de trabalho durante quase dez anos.
Em 1976, foi destinado a Londres como editor sênior para a Europa, até que se aposentou em 2004, e é coautor de dois livros sobre fotógrafos de guerra mortos nos conflitos na Indochina: "Requiem" (1997) e "Lost over Laos" (2003).
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