A indústria de cadeados, chaves e cilindros de fechaduras CBU inicia seu processo de contratação no início do mês de agosto, segundo o diretor presidente da empresa, André Tsuchiya. As obras de instalação encontram-se de acordo com cronograma estabelecido pelo protocolo assinado com o Governo do estado, sendo que a previsão de inauguração é no mês de outubro próximo. No momento, estão sendo colocadas 600 estacas para assentamento do piso, onde será implantado maquinário pesado. Já foram realizadas contratações para implantação das partes elétricas e hidráulicas e todo o serviço de alvenaria da fábrica.
A CBU, cuja matriz será em Juiz de Fora, irá destinar sua produção – 2 milhões e 300 mil cadeados/mês - para todo o país. A indústria já tem uma linha de produção instalada em Juiz de Fora desde junho de 2011, com a fabricação de 5 mil cadeados/dia. A mão de obra atualmente utilizada está sendo treinada para servir de multiplicadora para os 350 funcionários que serão contratados. Eles trabalharão em três turnos ininterruptos, ou seja, produção 24 horas. Além desses empregos diretos, há previsão de geração de 150 vagas indiretas. As instalações irão ocupar uma área de 15 mil metros quadrados, no Distrito Industrial, e o investimento é de R$ 60 milhões.
“Juiz de Fora está recebendo cerca de R$ 1,5 bilhão em investimentos privados, com a geração de 10 mil empregos diretos. Outros investimentos ainda estão sendo discutidos e esses números poderão se elevar. Trata-se do resultado da política de atração de investimentos para Juiz de Fora e região, implantada pelo Governo do estado, por meio da redução da alíquota do ICMS. E, também, pela política municipal de fortalecimento da estrutura produtiva local, com agregação de valores e diversificação da matriz econômica – este marco regulatório, estabelecido pelo Decreto 10.303, de 24 de junho de 2010. As medidas levaram a cidade a ser mais competitiva e a entrar ‘no radar’ dos grandes e médios investidores”, afirma o prefeito Custódio Mattos.
Município polo da Zona da Mata, Juiz de Fora, bem como toda a região, se encontrava, até então, em penúltimo lugar no ranking de desenvolvimento econômico, perdendo para o Triângulo Mineiro, Sul de Minas, região central do estado e até mesmo para o Norte de Minas. “Esse panorama perdurou durante pelo menos duas décadas. A cidade tinha, no período em questão, um perfil vocacionado essencialmente para a área de serviços. Hoje, com a implantação de várias empresas do setor de metalurgia, essa vocação começa a ser modificada. Aliadas aos incentivos fiscais, a boa infraestrutura e a excelente localização geográfica do município são também motivos do interesse das empresas”, observa o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, André Zuchi.
Os investimentos já anunciados são: Embratel (reativação do call center); AlmavivA (também uma empresa de call center); Codeme (destinada à fabricação de estruturas metálicas para a construção civil); CBU; Brafer (destinada à fabricação de estruturas metálicas para a construção civil); Açotel (unidade metalúrgica que irá fabricar telhas galvanizadas); Parque Científico-Tecnológico; Wabtech (unidade de engenharia, montagem e tropicalização de hardware e desenvolvimento de software para sistemas de seguranças de ferrovias); AG CRP (unidade de reciclagem de PET); Mercedes-Benz (readequação da unidade para produção de caminhões); Votorantim (implantação da usina de polimetálicos destinado a reciclagem e recuperação de metais como zinco, cádmio e índio); e Arcelor Mittal (ampliação da capacidade instalada e modernização do processo produtivo).
Segundo o secretário André Zuchi, a entrada em operação do Aeroporto Regional também beneficia Juiz de Fora, bem como outros municípios, e torna-a ainda mais atrativa. Ele observou que, hoje, os grandes gargalos para a expansão industrial, embora o município tenha um Distrito Industrial com total infraestrutura, além de um gasoduto, é a disponibilidade de terrenos apropriados para instalação de indústrias, já que Juiz de Fora tem uma topografia acidentada. Para sanar o problema, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SPDE) criou as Áreas de Especial Interesse Econômico (AEIE´s), onde já está sendo instalado outro Distrito Industrial, já incluindo ali o Parque Tecnológico e a Mercedes-Benz. Outro gargalo, mas de ordem nacional, é a escassez de mão de obra qualificada, especialmente a técnica. Neste sentido, a SPDE vem se articulando com instituições de ensino para a criação de cursos que possam atender a demanda local.
* Informações com a Assessoria de Comunicação da SPDE, pelo telefone 3690-8341.
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO
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