BRASÍLIA - A transição do Ministério da Defesa para o controle civil ensaia os primeiros passos, mesmo que o titular da pasta não seja mais um militar há 12 anos. Dos quase mil servidores do ministério, 70% ainda são militares. O governo tenta aprovar no Congresso a criação de 225 cargos para civis. Em outra ação, decidiu retirar os três comandos militares da Esplanada, que serão transferidos para outros locais, mais estratégicos, menos vulneráveis e longe um do outro.
Os locais das futuras instalações dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão escolhidos, e as obras até já começaram. O novo prédio do Comando do Exército será construído num terrreno próximo ao Quartel General, no Setor Militar Urbano. Já o Comando da Aeronáutica vai ficar em uma área que pertence ao governo do Distrito Federal, próxima da Base Aérea. E o Comando da Marinha vai ocupar em um ponto próximo aos Fuzileiros Navais.
- Não podemos ter os três centros de guerra próximos e tão altos. São vulneráveis demais. Tem que ser prédio baixo, até com instalações subterrâneas. Precisamos nos preparar para a dissuasão. E se houver um atentado hoje? Como estão dispostos hoje, os três comandos podem ser atingidos. Viramos alvos fixos - disse ao GLOBO um oficial da Defesa, que pediu para não ser identificado. Ele completou:
- No mundo inteiro não é mais assim. O Pentágono é um exemplo, está distante dos demais órgãos do governo. Precisamos de instalações adequadas à modernidade da guerra.
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