Tuitadas infladas:
– “Conquistas sociais” é uma expressão usada pelo PT para passar impressão de que dependência do governo pelos pobres é um mérito do partido.
– Dilma Rousseff golpeia os militares, mas Ministério da Defesa diz que devolverá poderes a comandantes. Da série: “Coisas que nem denuncio porque sei que vão cair”.
– Ok. Eu denuncio agora que o governo Dilma, de caso pensado, fará o possível para engabelar os militares e devolver-lhes apenas uma parte do poder. É da natureza do PT aplicar golpes dentro de golpes.
– E a brincadeira agora na gincana Dilma é: quem tem a melhor ideia de como arrancar mais dinheiro da população?
– Michel Temer se disse contra qualquer aumento de impostos, mas cogitou aumentar como “última hipótese” o dos combustíveis (CIDE), sob orientação do garoto de recados de Lula, Delfim Netto. Ninguém faz o que realmente prega neste governo.
– O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, alegou que o aumento da CIDE elevaria a inflação que o governo (supostamente) quer baixar. Seria, de fato, mais um duplo assalto aos brasileiros.
– O senador Delcídio Amaral (PT-MS), após suas férias em Ibiza, informa que Senado votará na semana que vem MP que eleva imposto para instituições financeiras.
– O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmou de Paris que quer aumentar o imposto de renda. É uma estratégia digna do desgoverno Dilma anunciar medidas impopulares do exterior.
– Brasileiro assiste na TV à discussão dos políticos que o assaltaram sobre como assaltá-lo de novo para cobrir o excesso de gastos que tiveram.
– O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que é “sinal de desespero” o Executivo querer aumentar impostos por decreto, sem aprovação do Congresso (como comentei na TVeja). O desespero petista é extorsivo.
– O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que, se isso ocorrer, vai apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos da elevação de impostos. É o mínimo que Dias pode fazer, depois de se engajar na campanha do petista Edson Facchin para o STF.
– Após descomplicar o perdão para o aborto e a indissolubilidade do casamento, só falta o Papa ajudar Dilma a descomplicar as contas públicas.
– Não sei o que é pior: imaginar que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, advogou em favor de Dilma no jantar do PMDB ou que nem precisou fazer isso diante de seus cúmplices.
– No jantar do PMDB, Eduardo Cunha, Eunício Oliveira e Renan Calheiros pressionaram Temer a desistir da ideia de aumentar a CIDE sob o risco de atrair o ódio popular. Até Renan tem de educar o vice-presidente. Em marketing, claro.
– Oposição lança site com petição online por impeachment e tenta atrair aliados do governo que perderam boquinha. É o blog limpo de líderes de PSDB, DEM, PPS, PSC e Solidariedade contra Dilma Rousseff.
– O senador Aécio Neves (PSDB-MG) delega a deputados de oposição a função de representar a sociedade com ações pelo impeachment, mas elas também dependem de que Aécio articule um acordo com Temer.
– Folha: “Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi consultado por um deputado que, antes de aderir formalmente, queria saber se o presidente da Câmara via possibilidade de o impeachment prosperar. Depois da conversa, decidiu participar do movimento.” Que bom.
– Só um povo covarde aceita ser roubado e pagar a conta. Se algo tem de ser ‘imposto’, é o impeachment de Dilma Rousseff pela força da lei.
– Estadão na segunda: “Edinho Silva diz que campanha de Dilma seguiu a lei”. Sim: da selva.
– Folha nesta quarta: “Integrantes da campanha de Dilma lembram que Edinho Silva (Secom), então tesoureiro, era um dos que mais despachavam diretamente com a candidata. Dada a proximidade, auxiliares da petista não apostam, no momento, em saída do ministro – que, se deixasse o governo, perderia o foro privilegiado e cairia na alçada de Sergio Moro.” Não é por outra razão que Edinho está no governo.
– Como perguntou o deputado Lúcio Vieira (PMDB-BA): “Será que os 18 petistas que pediram saída de Eduardo Cunha terão coragem de defender demissão de Edinho e Mercadante?” Onde está Alessandro Molon numa hora dessa?
– A Dilma americana Hillary Clinton, após investigadores encontrarem 150 mensagens com informações confidenciais em seu servidor, enfim diz: “foi um erro” usar e-mail pessoal como secretária de Estado e “sinto muito por isso”. Motivo verdadeiro do suposto arrependimento: caiu nas pesquisas.
– A sinceridade democrata é como a petista: uma coincidência esporádica entre o que todo mundo já sabe e o que o marqueteiro manda parar de negar.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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