Parabéns, carnaval de Juiz de Fora! Em 2016, você completa 50 anos de desfiles oficiais das escolas de samba, com apresentações na Passarela do Samba da Avenida Brasil. Após as principais agremiações da cidade optarem por não desfilar, em decorrência do corte na verba destinada aos desfiles, fica a pergunta do amante folião: será que voltam os brilhantes desfiles de outrora?
Sabemos da crise que enfrenta todo o país, mas entendemos também que é necessário o mínimo de recurso para fazer um espetáculo de qualidade. Sendo assim, é interessante se repensar no nosso modelo de carnaval, para que, em 2017, a folia retorne a todo vapor e bem melhor do que a que está sendo feita até então. É tempo de tomar iniciativa, buscar novas parcerias, considerando o carnaval como evento gerador de turismo e, o mais importante, gerador de emprego e renda para nossa cidade. Um samba da cidade diz: “É na adversidade que se renova o sonho da vitória”.
Cidade de bambas, da primeira escola de samba de Minas Gerais, de agremiações que nos deram grandes alegrias. Dizem que devemos nos espelhar em bons exemplos, então, por que não rever as ideologias dos projetos do carnaval da década de 1970 em Juiz de Fora, evidentemente, adaptando-os aos tempos atuais. Algo de bom deve ter sido feito, senão, não teria sido considerado o segundo melhor do país na época.
Parecia que estava adivinhando em lançar o livro “No ar: carnaval de Juiz de Fora meio século de identidade” no ano passado. Seria uma enorme angústia para mim, caso lançasse a obra num momento em que os desfiles oficiais chegaram ao fundo do poço, mais uma vez.
Em Juiz de Fora, a festa de momo virou cinzas antes da quarta-feira, antes mesmo de começar. “Nossa tristeza é geral”, já dizia o compositor. “Chora palhaço…”, e outros personagens dessa festa de ilusão. O povo que trabalha e vive de sacrifício o ano inteiro terá seu deleite pela metade no próximo carnaval.
http://www.tribunademinas.com.br/carnaval-cinquen-tinha/
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