Por Mauro Morais
Tribuna – Nos últimos meses, a grande discussão tem sido sobre o carnaval de 2016. Qual a posição da Funalfa hoje?
Toninho Dutra – O grande problema do carnaval hoje é que, independentemente do valor, a Liga (Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora – Liesjuf) não tem condição de receber recursos da Prefeitura, porque ainda não prestou contas para a Funalfa. Eles tinham até 15 de maio, mas até hoje não fizeram isso. São três meses de atraso na prestação de contas. Já pedimos e, até, fizemos comunicação extra-judicial.
Em relação à proposta que fizemos, a resposta que tenho da Liga, oficialmente, é: “Ou é a mesma verba recebida em 2015 ou não temos condição de desfilar”. Esse não é um corte para sempre. Porém, nesse cenário diferenciado, pensamos que precisamos ter, em 2016, um carnaval diferenciado. Fomos muito prudentes ao apresentar, em junho, uma proposta dessa natureza. Indicamos que eles não fizessem carta de crédito, o que é uma posição muito responsável.
A Prefeitura não está blefando quando fala em fazer um carnaval com R$ 500 mil. Queremos manter esse carnaval vivo, principalmente no ano em que sabemos simbólico, por comemorar 50 anos dos desfiles oficiais das escolas de samba. Ninguém queria enfrentar essa crise, mas temos que enfrentar. Não adianta sinalizar diferente e, na última hora, dizer que está cancelado.
Nessa sexta-feira, 14, expira o prazo para que as agremiações se manifestem dizendo quais vão desfilar. A partir daí, não teremos condição de fazer licitações para um novo modelo de avenida. A estrutura de montagem da Passarela que custa R$ 500 mil, precisa custar R$ 240 mil.
Não é uma dificuldade só para as escolas, mas para todos.
http://www.tribunademinas.com.br/a-gente-faz-com-menos-mas-nao-ha-ganhos/
Nenhum comentário:
Postar um comentário