O vereador e presidente da Câmara de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, Aladir José Pessoa de Souza (PTB), permaneceu calado durante interrogatório realizado na noite de segunda-feira (29) na delegacia de Polícia Civil do município. Ele foi preso em flagrante quando saía de uma reunião na prefeitura da cidade sob acusação de fraude em licitações e corrupção e foi encaminhado ao Presídio de Vespasiano.
Segundo o delegado Jonas Tomazi, o vereador é dono de uma empresa fornecedora de produtos para escritório e utilizava de seu cargo na Câmara para fazer acordo com outras empresas participantes das concorrências públicas no município para vencer o certame.
— Licitantes honestos contaram que o próprio vereador, utilizando do cargo de vereador, procurava os empresários, se apresentava como presidente da Câmara, e sugeria que eles nem participassem do certame porque já estava acertado que ele venceria o processo.
Ainda conforme o delegado, o processo licitatório que deu origem às investigações foi realizado neste mês de setembro. A empresa de propriedade do vereador teria vencido uma licitação no valor de R$ 130 mil para fornecer folhas e cartuchos de impressora para a prefeitura de Confins.
— A licitação foi declarada nula e nós apreendemos vários documentos para prosseguir com as investigações porque temos informações de várias licitações que foram vencidas pela empresa do vereador.
Segundo Jonas Tomazi, além do presidente da Câmara, outros dois envolvidos no esquema fraudulento foram presos durante a Operação Lavagem 1. Eles seriam laranjas do vereador e fizeram um acordo de delação premiada para contribuir com as investigações.
Ao todo, 20 pessoas já foram ouvidas na noite de segunda-feira e outras ainda serão intimadas ao longo desta semana. O delegado acredita que o esquema tenha envolvimento de servidores da Câmara e da Prefeitura.
http://noticias.r7.com/minas-gerais/vereador-preso-em-confins-mg-permanece-calado-durante-depoimento-a-policia-civil-30092014
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