Acerca da matéria publicada pela revista VEJA, em sua edição 2403, de 10 de dezembro de
2014, intitulada “Se quiser mato um por dia”, e em respeito à memória e profissionalismo do
Cabo Mikami – cuja trágica morte é explorada apenas como mais um número estatístico, o Centro
de Comunicação Social do Exército apresenta as seguintes considerações.
A missão da Força de Pacificação é criar as condições de segurança na área sob sua
responsabilidade, a fim de viabilizar a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e, de
forma simultânea, propiciar aos agentes públicos os meios para desenvolver os trabalhos de
recuperação social da comunidade (escolas, creches, postos de saúde, etc.).
O termo citado na reportagem "coabitação de militares com bandidos", induz o leitor a
admitir que não se desenvolvem ações que busquem reprimir os criminosos ou que haja algum tipo
de convivência. Ao contrário, o Exército Brasileiro não coabita ou convive com malfeitores porque
nós representamos legitimamente o Estado e a sociedade brasileira.
A Força de Pacificação cumpre fielmente o ordenamento jurídico, respeitando os direitos
humanos e civis, a fim de preservar a integridade física das pessoas da região da Maré, a exemplo
do ocorrido nos Complexos do Alemão e da Penha. Já os integrantes das facções criminosas,
ignoram as leis, matam, oprimem e ameaçam a população local.
Com regras de engajamento muito bem definidas, as tropas não empregam munição letal se
existir a possibilidade de danos à população, covardemente usada como “escudo humano” pelos
bandidos. Não obstante, a Força de Pacificação, por meio das suas operações de patrulhas e controle
de vias, vem reduzindo, gradativamente, o comércio de drogas ilícitas, o poder econômico e a
liberdade de ação do crime organizado.
O comando da operação esteve e está à disposição para esclarecimentos. Ele detém dados
dignos de registro para permitir avaliar o sucesso da operação, como por exemplo, as 586 prisões
realizadas até o presente momento.
É preciso valorizar e reconhecer o esforço e o profissionalismo daqueles que defendem, 24
horas por dia, 7 dias da semana, sob condições as mais adversas, longe de suas famílias, os valores
de uma sociedade sadia.
Finalmente, com equilíbrio, determinação e respeito à população, a Força de Pacificação
seguirá trabalhando pela garantia da lei e da ordem, restabelecendo a paz social e libertando os
moradores da influência nefasta do crime organizado.
Gen Bda OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército
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