quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Eduardo Parente deixa MRS para presidir Prumo

O presidente da MRS Logística, Eduardo Parente, está deixando a empresa para assumir o cargo de CEO da Prumo Logística (ex-LLX), apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. 

O executivo foi escolhido pelo grupo americano EIG Global Energy Partners, que assumiu o controle da empresa no lugar do empresário Eike Batista no fim de 2013, após um aumento de capital de R$ 1,3 bilhão na dona do Superporto do Açu. 

A concessionária de ferrovias enviou na manhã de quarta-feira, 23, comunicado ao mercado informando que Parente deixará a MRS até 17 de fevereiro. O cargo será acumulado interinamente pelo diretor executivo de Operações, Carlos Henrique Waack, até que o Conselho de Administração vote um novo nome. 

No fim de outubro, pouco tempo após a confirmação da entrada da EIG no negócio, foi anunciada a renúncia de Marcus Berto ao cargo de presidente e diretor de Relações com Investidores. Em seu lugar assumiu interinamente o CFO Eugênio Figueiredo, que deve permanecer na diretoria financeira da companhia, rebatizada de Prumo Logística Global em dezembro. 

A busca por um novo CEO para a dona do Superporto do Açu levou em torno de seis semanas. Segundo uma fonte próxima ao grupo, a EIG contratou a empresa internacional de recrutamento Korn Ferry para realizar uma busca global. A gestora americana chegou a entrevistar candidatos com experiência internacional em grandes portos, como o de Roterdã, na Holanda. Mas no fim das contas pesou a necessidade de ter alguém que conhecesse de perto a realidade brasileira para tocar o grandioso projeto iniciado por Eike. 

Localizado em São João da Barra (RJ), o Açu foi considerado pela EIG como a joia da coroa da EBX. A gestora americana acredita que o porto tem enorme potencial de valorização e pode se tornar uma base logística essencial para a exploração do pré-sal. Próximo à Bacia de Campos e acessível à Bacia de Santos, o complexo ocupa área maior do que a da ilha de Manhattan, em Nova York. Em desenvolvimento desde 2007, o porto fechou acordos preliminares com cerca de 60 empresas, mas pouco mais de uma dezena assinou contratos de longo prazo para a área. Outras, como a montadora Nissan e as siderúrgicas Wisco e Ternium, desistiram de se instalar no local. A Anglo American, sócia da LLX Minas-Rio, pretende iniciar embarques de minério de ferro ainda este ano no local. A Prumo enfrenta ainda uma negociação com a OSX para recuperar parte da área que seria ocupada pelo estaleiro da companhia, que está em recuperação judicial. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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