Duas irmãs juntam dinheiro o ano todo para decorar a casa no Natal.
Casa é decorada há 12 anos e já ganhou prêmio em concursos culturais.
Todo ano no Natal, as irmãs Fátima de Oliveira, de 55 anos, e Maria Elena Oliveira do Valle, de 53, escolhem um tema diferente para decorar a casa de dois andares onde moram em Juiz de Fora, no Bairro Bairu. Neste ano, o vermelho e o verde do Natal foram substituídos pelo verde e amarelo, como homenagem à Copa do Mundo no Brasil. A taça e o mascote “Fuleco” dividem espaço com o bom velhinho e fazem da “Casa do Papai Noel” - como ficou conhecida - uma atração para os moradores da cidade. As decorações de Fátima e Maria Elena já ganharam prêmios pela criatividade e exuberância em concursos culturais.
As irmãs são apaixonadas pelo Natal e tinham o costume de decorar a parte interna da casa. No entanto, os enfeites só foram para o lado de fora quando a irmã gêmea de Maria Elena, antes de falecer, disse que elas deveriam levar as luzes do Natal para outras pessoas verem. E assim é feito há cerca de 12 anos em um ritual que dura meses. "Juntamos dinheiro para investir nos enfeites de Natal. No ano seguinte, começamos de novo", contou Fátima.
A parceria é forte entre as irmãs: Maria Elena, que é psicóloga, cria, e a execução fica sob a responsabilidade da empresária Fátima, que conta com uma equipe composta por eletricista e artesãos que a ajudam na tarefa de trazer para a realidade as ideias de “Lena”, como chama carinhosamente a irmã. Neste ano, a decoração levou 17 dias para ficar pronta, da criação à montagem. Um trabalho realizado diariamente das 8h às 17h. "Dá muito trabalho, mas é muito gostoso", pontuou.
As irmãs preferiram não revelaram o valor gasto nos enfeites, mas garantiram que é elevado. São muitas microlâmpadas e o valor da conta de luz "vai às alturas", como disse Fátima. Foi necessário, inclusive, instalar um disjuntor exclusivo para atender à demanda da decoração. No entanto, elas não se importam. "É preciso abrir mão de alguma coisa e fazer economia para ficar aquele espetáculo no fim do ano", salientou Fátima.
A residência, que ganhou o apelido de "Casa do Papai Noel", já se tornou ponto turístico na Rua Comendador Pereira da Silva. "Pessoas de todos os bairros e às vezes de outras cidades passam por aqui no Natal só para ver a casa", destacou Fátima. "Tem noites que aqui fica congestionado de tantos carros passando para ver a decoração", contou Maria Elena. Fátima revelou que adora quando as crianças chegam na frente da casa gritando pelo Papai Noel. "Elas acham que nós somos as mamães noéis", lembrou.
Mas não são apenas as crianças que se encantam com os enfeites. Os adultos também param para observar o cenário e alguns até se tornaram amigos da família. Os amigos, aliás, são grandes aliados das irmãs, já que, quando viajam, costumam trazer peças diferentes para incrementar a decoração. É o caso, por exemplo, de enfeites infláveis dos Estados Unidos e de renas de cristal da Austrália.
Preservação do espírito natalino
Ironicamente, pouco antes do Natal de 2012, a mãe de Fátima e Maria Elena faleceu. "Não tivemos Natal em família", lamentou Fátima. No entanto, isso não impediu que as irmãs continuassem com a proposta de levar o espírito natalino a outras pessoas. "Para mim seria Natal 365 dias por ano. Um enfeite é capaz de promover amizade e aproximar as pessoas. Há união e solidariedade. As pessoas ficam mais amenas e amigas", enfatizou Fátima.
Ironicamente, pouco antes do Natal de 2012, a mãe de Fátima e Maria Elena faleceu. "Não tivemos Natal em família", lamentou Fátima. No entanto, isso não impediu que as irmãs continuassem com a proposta de levar o espírito natalino a outras pessoas. "Para mim seria Natal 365 dias por ano. Um enfeite é capaz de promover amizade e aproximar as pessoas. Há união e solidariedade. As pessoas ficam mais amenas e amigas", enfatizou Fátima.
A criatividade e o empenho das irmãs já foi premiado várias vezes, em concursos culturais oficiais e não-oficiais. Em 2007 ganharam o prêmio máximo. Entre os prêmios, estão troféus, televisão e carro. "Somos mais do ser do que do ter. Sempre enfeitamos para reanimar o espírito natalino. É uma realização pessoal nossa. É gratificante a felicidade nos olhares de quem vê a decoração", revelou Maria Elena.
Desde meados de novembro a casa enche a rua de luz. "Os vizinhos, amigos e pessoas que passam por aqui nos cobram quando a decoração ainda não está pronta", concluiu Maria Elena. A decoração só será desmontada no dia 6 de janeiro.
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