O ex-deputado e delator do esquema do mensalão Roberto Jefferson disse nesta quinta-feira (14) "não ter arrependimentos". Jefferson foi condenado ontem a cumprir pena de 7 anos de prisão em regime semiaberto por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
"Não (tenho arrependimentos), tudo certo. Não me regozijo, sou um réu condenado como todos os outros, vamos aguardar que se cumpra o destino", disse o ex-deputado em sua conta no Twitter.
Jefferson também afirmou que "nem tudo está perdido" e que a política brasileira "pode ser melhor" após o julgamento. Ele denunciou o maior escândalo de corrupção do governo Lula em 2005, numa entrevista à Folha. Depois, teve o mandato de deputado federal cassado e foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
"Estou satisfeito com a decisão? Mentiria se dissesse que sim; conforta-me, porém, a crença de que a política brasileira, daqui para a frente, pode ser melhor", afirmou Jefferson, em seu blog.
O ex-deputado relembrou a cassação e fez um ataque ao PT, sem citar o nome do partido de Lula e do ex-ministro José Dirceu, que ele acusou de chefiar o esquema de compra de apoio no Congresso.
"Há oito anos denunciei ao país o maior escândalo que jamais presenciei no Planalto Central desde que me tornei deputado. Tudo realizado por quem, por décadas, apontou o dedo para muitos, acusando-os de corruptos, dando início à nefasta judicialização da política brasileira", afirmou.
"Fui cassado e tive meus direitos suspensos por 10 anos. Ontem, a Corte Suprema do meu país decretou minha prisão", acrescentou Jefferson. Jefferson foi condenado a pouco mais de sete anos de prisão e deve iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto.
No entanto, sua defesa ainda espera que o STF reconsidere nesta quinta um pedido de prisão domiciliar. Ele operou um câncer no pâncreas e apresentou laudo sobre a fragilidade de sua saúde após a cirurgia.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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