Grupo chamou atenção para pautas locais e nacionais.
Cerca de 300 pessoas participaram do movimento.
Cerca de 300 pessoas foram para as ruas de Juiz de Fora neste sábado (7) para manifestar, se unindo ao movimento nacional de reivindicações. Os manifestantes fizeram o protesto junto ao grupo que realiza o tradicional “Grito dos Excluídos” na cidade, envolvendo representantes de entidades, movimentos sociais comprometidos com a causa dos excluídos, sindicatos, igrejas, entre outros. Eles seguiram o mesmo trajeto realizado pelo desfile cívico-militar, saindo da Avenida Rio Branco próximo à Rua Oscar Vidal e finalizando no Largo do Riachuelo, buscando dar mais visibilidade ao movimento. “Começamos com um grupo pequeno na Rua Oscar Vidal, mas terminamos com um bem maior. E a tendência é que fique ainda maior esse ano por causa dos protestos de junho”, disse um dos organizadores do protesto e do grupo “Frente de Lutas”, André Nogueira.
O grupo reivindicou a municipalização do transporte público, buscando a redução da passagem de ônibus. Além disso, se uniram à pauta nacional de reivindicações das centrais sindicais, como a redução da jornada de trabalho; reforma agrária; salário igual para trabalho igual, que é uma pauta feminista; entre outras.
A representante da central sindical “Conlutas”, Victória Mello, que também esteve à frente do protesto, esclareceu que o movimento é importante para lembrar para a classe trabalhadora que o Brasil não é de fato independente. “Enquanto o Brasil depender economicamente de outros países, ainda existirem inúmeras pessoas vivendo na miséria, e não tiver saúde e ensino de qualidade, ele não será independente”, argumentou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Juiz de Fora, Watoira Antônio de Oliveira, explicou que o Grito dos Excluídos, em sua 19ª edição, buscou mostrar o lado da classe trabalhadora e do povo excluído da sociedade. "Hoje, em especial, estamos aqui para falar do projeto de lei 4330 que rasga a CLT", comentou.
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Os agentes da Polícia Federal também se juntaram aos manifestantes reivindicando contra o controle político nas investigações realizadas pelo órgão. Os profissionais alegaram que estão pressionados por essa interferência e ainda criticaram a desqualificação do trabalho dos agentes, o que afeta as negociações realizadas ao longo dos anos.
Participação consciente
Alunos do Ensino Médio de uma escola particular da cidade aproveitaram o ato para discutirem sobre a formação política. O estudante Renann Brandão, que estuda em um colégio da rede em Santa Rita do Sapucaí, MG, participou pela primeira vez de um protesto. "É importante sair às ruas para lutar pelos nossos direitos", destacou.
O aposentado Jorge Valentino Fasolato, de 73 anos, reivindicou mais atenção para questões envolvendo os aposentados do país. “É importante todo mundo participar. Não é o grito do Ipiranga, é o grito de Juiz de Fora”, afirma.
A integrante da Frente de Lutas de Juiz de Fora, Geanine Hackbardt, explicou que o grupo faz uma articulação dos movimentos sociais e partidos de esquerda que lutam por transformações na cidade. "Reivindicamos a construção de um projeto popular para o país porque a gente acredita que as mudanças não irão partir do governo e, sim, do povo nas ruas, se manifestando e lutando pelos seus direitos, como reforma agrária, reforma política, democratização dos meios de comunicação, fim da desiguadade social".
Segurança
O protesto pacífico foi acompanhado por policiais militares, que se posicionaram ao longo da Avenida Rio Branco até o local previsto para a dispersão do movimento, próximo à Rua Benjamim Constant, no Largo do Riachuelo. Os agentes da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) também estiveram nos principais cruzamentos da Avenida Rio Branco para controlar o fluxo de veículos.
O protesto pacífico foi acompanhado por policiais militares, que se posicionaram ao longo da Avenida Rio Branco até o local previsto para a dispersão do movimento, próximo à Rua Benjamim Constant, no Largo do Riachuelo. Os agentes da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) também estiveram nos principais cruzamentos da Avenida Rio Branco para controlar o fluxo de veículos.
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