segunda-feira, 23 de setembro de 2013

QUANDO VOCÊ ACHA QUE JÁ VIU DE TUDO, VEM MAIS ESSA..

Prostitutas brasileiras perseguidas na ditadura militar querem indenização.


As prostitutas brasileiras vão pedir um indemnização ao Estado pela perseguição e repressão de que foram vítimas durante a ditadura militar no país (1964-1985).
Segundo revela o jornal O Globo, algumas profissionais do sexo vão reivindicar junto da Comissão de Amnistia o direito a uma indinização e uma limpeza do cadastro policial das penas que sofreram.
O primeiro caso a dar entrada será o do travesti Safira Bengell, que, na altura trabalhava num cabaret no Rio de Janeiro.
“Afetaram a minha integridade. Fui presa várias vezes e me jogavam água gelada somente pelo fato de eu me vestir de mulher. Quando estávamos na cela, muitas se cortavam com giletes para serem soltas depois de irem para o hospital serem medicadas”, conta Bengell a O Globo.
Bengell diz ainda ao diário brasileiro que as detidas tinham de “fazer sexo” com o carcereiros e os polícias “para receber um pouco de água”.
Segundo O Globo, a ação dos militares contra as prostitutas foi contínua nos anos da ditadura militar, os chamados anos de chumbo”. A repressão sobre as prostitutas era exercida não só por militares, mas por agentes outros sectores, como a polícia civil, que aplicava o “termo de vadiagem” para prendê-las.
Ainda de acordo com o jornal brasileiro, os pedidos de indenização e anistia não serão fáceis de conseguir, mas para a vice-presidente da Associação Pernambucana de Profissionais do Sexo, Sueli Bellato, a situação é semelhante à dos indígenas, sem abrigo e outros grupos perseguidos pela ditadura militar.
“O imprescindível para a Comissão de Anistia é o reconhecimento da perseguição política. Os indígenas que foram arrancados de suas terras por causa dos projetos de ampliação de rodovias e construção de barragens são vítimas do regime militar e tiveram prejuízos culturais e econômicos? Sim, mas são perseguidos políticos? Provavelmente, não”, disse Sueli ao O Globo.

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