19 de Agosto de 2013 - 18:47
Liga define ordem dos desfiles e reivindica aumento de repasse
Por Mauro Morais
Apostando na antecipação dos desfiles de carnaval em uma semana como estratégia para ampliar o público e retomar os tempos áureos da festa de momo na cidade, a Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora (Liesjuf) definiu, no último domingo, 18, a ordem de apresentação das agremiações.
Na noite de 21 de fevereiro de 2014, sexta-feira, desfilam as escolas do Grupo C e B, e na noite seguinte, 22, as escolas do Grupo A (ver quadro). Segundo Fernando Luiz Baldioti, diretor de comunicação da liga, o regulamento e o tempo de desfile ainda não foram definidos, e, certamente, o início da festa será às 21h. Extinguindo a apresentação das campeãs, a Liesjuf também divulgou que o resultado será feito no domingo, dia 23, às 15h, na Praça Antônio Carlos.
"Estamos trabalhando muito para resgatar a tradição e levar o público para as arquibancadas, esperamos que a antecipação possa atrair mais gente", aponta Baldioti, certo de que mesmo levando a festa para a semana anterior, fora do período em que muitos emendam o feriado, o resultado poderá ser mais satisfatório. "O desfile de carnaval da cidade é uma cultura tradicional", reforça.
Aumento negado
Conforme matéria publicada no último domingo, 18, os desfiles em Juiz de Fora superam R$ 1,4 milhão, valor mais alto que o destinado à Lei Murilo Mendes, de R$ 1 milhão. Com gastos em montagem de arquibancadas, sonorização, seguranças e outros itens, o valor repassado às escolas contabilizam R$ 622 mil. Segundo Fernando Luiz Baldioti, desse valor, 4% é repassado à liga, cerca de R$ 24 mil. Para as escolas do Grupo A, são destinados 65% da quantia restante, o equivalente a R$ 388 mil. Dessa forma, cada agremiação da elite juiz-forana recebe aproximadamente R$ 64. Para as escolas do Grupo B e C, são repassados 35%, o que equivale a R$ 209 mil.
De acordo com o diretor de comunicação da Liesjuf, há três anos não há um aumento no repasse, o que tem dificultado o trabalho das escolas. "Entendemos que a Prefeitura tenha outras prioridades, mas todos os nossos custos subiram muito", afirma, citando o quilo da pluma, que subiu de R$ 450 para R$ 1 mil. Integrante da Real Grandeza, Baldioti comenta que sua escola, para desfilar esse ano, gastou cerca de R$ 110 mil, o que fez com que a agremiação elaborasse diversas estratégias, entre elas muitos eventos, para completar o orçamento. Enquanto os gastos por agremiação carioca transitam entre R$ 1,5 milhão e R$ 10 milhões, Baldioti não se intimada ao defender a profissionalização do carnaval local. "Juiz de Fora tem grandes profissionais no setor, principalmente os carnavalescos", defende, para logo completar: "É uma engrenagem muito complexa".
"A Prefeitura vem com uma ajuda, cada escola precisa dar um jeito de complementar", pontua. Para o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, a solicitação já foi feita e negada pela comissão de carnaval. Segundo ele, não há possibilidade de ampliação de recursos para os desfiles do próximo ano. "Seria irresponsável tomar qualquer decisão de aumento", diz, reforçando que os valores não sofreram redução.
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