13 de Maio de 2013 - 20:54
Proposta foi apresentada nesta segunda aos professores durante reunião de conciliação no TJMG, em Belo Horizonte
Por Tribuna
Há 19 dias de braços cruzados, os professores da rede municipal terão um dia importante e irão deliberar manutenção ou a suspensão do movimento grevista, em assembleia marcada para as 14h30, no Ritz Hotel. Os docentes avaliarão o conjunto de propostas apresentado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) nesta segunda-feira (13), durante a audiência de conciliação que ocorreu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte. Diante do desembargador Barros Levenhagen e do procurador Elvézio Antunes de Carvalho Júnior, que representou o Ministério Público Estadual, o Executivo costurou uma nova lista de proposições, com 14 itens. Pela primeira vez, a PJF apresentou o índice de reajuste para a categoria: 6,5% a ser pago de forma escalonada até janeiro de 2014.
O encontro, que durou aproximadamente cinco horas, foi designado pelo TJMG, após a Administração ter recorrido à Justiça para questionar a legalidade da greve da categoria. A Prefeitura reiterou a proposta de manter a redução de cinco minutos de cada módulo-aula a partir 31 de julho. A medida seria um paliativo antes da implementação definitiva, em 2014, da carga horária estabelecida pela Lei do Piso, que determina que um terço da jornada dos professores seja destinado a atividades extraclasses. A redução é uma das principais bandeiras da campanha salarial dos docentes. Com relação ao índice de reajuste oferecido pelo Executivo, a recomposição de 4,63%, retroativa a janeiro, fica abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses, estimado em 6,49%. O indicador, porém, seria atingido com o acréscimo de 1,87%, de forma escalonada até 20 de janeiro do ano que vem, totalizando aumento de 6,5%.
A semana também será de negociações para outras duas categorias. Nesta quarta, representantes dos médicos da rede municipal e da PJF têm rodada de negociação pela manhã. Na última semana, os profissionais rechaçaram a proposta de reajuste apresentada pela Administração. Segundo o presidente dos Sindicatos do Médicos, Gilson Salomão, o índice oferecido é de 5,8%, a ser aplicado de uma só vez. Outro percentual de 0,7% seria repassado até o final do ano. No entanto, antes de definir o reajuste, os servidores querem avançar em itens específicos da classe, como o pedido de equiparação com os demais profissionais de nível superior, que, com jornada de 40 horas, recebem 25% a mais. Na quinta-feira, é a vez dos engenheiros do município buscar consenso com a Prefeitura.
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