segunda-feira, 27 de maio de 2013

Graça Foster na Casa Civil?


Saiba por que a presidenta da Petrobras voltou a ter seu nome cotado para assumir o ministério mais importante do governo. Mercadante corre por fora


A presidenta Dilma Rousseff anda reflexiva nos últimos dias. Os sucessivos problemas de falta de articulação política no Congresso somados aos questionamentos da oposição sobre a capacidade de gestão do governo levaram Dilma a avaliar uma mudança na Casa Civil ainda este ano. Como em 2010, durante a montagem do Ministério, surge novamente com força o nome da atual presidenta da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, para ocupar o cargo. A interlocutores, a presidenta confidenciou que, desde a saída de Antonio Palocci da Casa Civil, em junho de 2010, ela se ressente de uma pessoa com pulso forte para mediar as relações com a base aliada no Congresso, possua características de gerente, como ela, e não tenha pretensões eleitorais. 

Graça Foster se enquadraria perfeitamente nesse perfil. Seria, assim, uma espécie de nova Dilma na Casa Civil. Alguém capaz de cuidar da coordenação dos principais programas do governo. Uma das falhas atribuídas à atual ministra, Gleisi Hoffmann, além de não transitar com desenvoltura no Congresso, é a sua inoperância gerencial. "Ela está sempre a reboque da presidenta. Aguarda ordens, sabe cumpri-las a contento, mas não é pró-ativa", diz um assessor do Planalto. Até o início do ano, o plano de Dilma consistia em substituir Gleisi apenas em abril de 2014, quando a ministra irá deixar a Casa Civil para concorrer ao governo do Paraná. Mas Dilma, relatam auxiliares próximos, estaria interessada em começar o importante ano eleitoral com uma "capitã do time" mais eficiente.

Ao contrário da acanhada Gleisi, Graça Foster é dona de perfil semelhante ao da própria presidenta. No governo, construiu fama de gestora eficaz e durona. Fixa metas e cobra resultados. À frente da Petrobras, seu bom desempenho lhe rendeu elogios públicos de Dilma. Decerto, a relação de Dilma com Graça é a mais estreita possível hoje. Já em 2010, quando ainda era apenas uma diretora de gás da Petrobras, Graça Foster esteve cotadíssima para a Casa Civil. O projeto de alçá-la ao cargo, no entanto, só não andou naquela ocasião por causa de resistências no PT, embora este fosse o desejo acalentado por Dilma desde sempre. 

Nas bolsas de apostas do Planalto, corre por fora para assumir a Casa Civil o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Pesa contra ele, porém, a carência no PT de um candidato forte na disputa pelo governo de São Paulo. Mercadante seria esse nome. Pesquisas em poder do Planalto revelaram, nos últimos dias, que Mercadante voltou a ser uma força eleitoral no Estado mais populoso e o que concentra o maior orçamento do País graças ao seu desempenho na Educação. Os índices de intenções de voto de Mercadante animaram o governo.

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