DO RIO
O Comitê Olímpico Brasileiro encontrou um paliativo para os problemas das instalações esportivas no Rio de Janeiro: as Forças Armadas.
Depois de firmar acordo para uso de área do Exército, o COB anunciou ontem um segundo convênio com a Marinha. AFolha apurou que o comitê também negocia parceria com a Aeronáutica.
"Eles contam com locais de treinamento para várias modalidades e estão disponibilizando isso para o COB agora", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê.
Fábio Seixas/Folhapress |
Nuzman e o contra-almirante Guerreiro assinam convênio |
O convênio anunciado ontem prevê a utilização da Escola Naval por quatro modalidades: polo aquático, nado sincronizado, tiro e vela.
"Para a vela, a localização é a melhor possível. Nossos atletas treinarão na raia que será utilizada na Olimpíada", disse Marcus Vinícius Freire, diretor-executivo do COB.
A Escola Naval fica atrás do aeroporto Santos Dumont, com acesso à baía de Guanabara, onde acontecerão as regatas dos Jogos de 2016.
"Tem tudo o que a gente precisa num centro de treinamento. Na vela, o fator casa é muitíssimo importante", declarou Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas.
Nado sincronizado e polo usarão as três piscinas da escola. O tiro, que já conta com um estande em Deodoro, na zona oeste, ganhará uma segunda opção, mais central.
O acordo irá até o fim dos Jogos. A contrapartida do COB pelo uso das instalações será em investimentos na infraestrutura: R$ 350 mil em 2013, valor que deve se repetir nos anos seguintes.
Por intermédio do comitê, atletas do Rio já têm acesso à Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul, e ao Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), da Marinha, no bairro da Penha, zona norte.
O próximo alvo é a Aeronáutica: o COB negocia o uso da Universidade da Força Aérea, em Sulacap, na zona oeste, por atletas do atletismo.
A modalidade passa por dificuldades no Rio depois que o Célio de Barros foi fechado e o Engenhão foi interditado.
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