O representante especial do secretário-geral da ONU para o Haiti, o canadense Nigel Fisher, está no Brasil para discutir com autoridades de Defesa e do Itamaraty o calendário de retirada das tropas do país. “Não quero avançar num plano sem discutir com as autoridades, sobretudo do Brasil, porque o Brasil é o primeiro país em contribuição da América Latina”, disse.
A agenda do representante na manhã desta segunda-feira (13) envolveu visita ao Centro Conjunto de Operações de Paz no Brasil, no Rio de Janeiro. À tarde, ele segue para Brasília para uma reunião com o comandante geral do Exército, Enzo Martins Peri. Também na capital federal estão previstas reuniões na terça-feira (14) com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e integrantes do Ministério das Relações Exteriores.
No dia 1º de junho, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) completa nove anos. Após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, que deixou cerca de 220 mil mortos, o Brasil ampliou sua participação militar com o envio de um segundo batalhão, chegando a cerca de 2,3 mil homens.
Desde 2004, o comando de toda a Força de Paz, composta hoje por cerca de 6,2 mil militares de 19 países, é do Brasil.
O aumento da segurança no país como consequência da Missão tem possibilidado a retirada gradual das tropas internacionais no Haiti. Em abril deste ano, 430 soldados e diversos equipamentos voltaram ao Brasil. Em junho, a previsão é que 1,2 mil soldados brasileiros estejam no Haiti.
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