A redução do efetivo de militares brasileiros na missão de paz no Haiti começou na semana passada, quando 330 homens deixaram o país. Na quarta-feira, partiu o navio Garcia D Ávila, carregando boa parte dos veículos e de materiais de alojamento usados no 2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 2). Esses são os passos mais visíveis da extinção do batalhão, que deixou de prestar serviços no dia 12 de abril e, até junho, não terá mais nenhum representante.
Constituído em março de 2010 com o objetivo de prestar auxílio humanitário no pós-terremoto, o batalhão deixa o Haiti num momento em que a violência voltou a crescer, principalmente na região da Grande Bel-Air, que inclui os bairros mais populosos de Porto Príncipe e é parte da área de atuação do batalhão.
Não há números oficiais, mas um levantamento da ONG Viva Rio no Haiti, feito com base em informações de líderes comunitários, da polícia haitiana e da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (minustash), mostra que a taxa de homicídios na região era, em 2006, de 32 por 100 mil habitantes. Em 2010, ano do terremoto, foi para 50 e, entre novembro de 2011 e outubro de 2012, saltou para 104.
Para o comandante do bataIhão, coronel Sinval dos Reis Leite, a saída do Brabat 2 não vai interferir na segurança da população. Ele afirma que a tarefa dessa unidade era “especificamente humanitária e acabou recebendo uma área operacional para prover segurança”. Segundo ele, “antes do terremoto só existia um Brabat, com cerca de 1.200 homens, e isso será reconstituído”.A área coberta pelo batalhão que será extinto será dividida entre os militares brasileiros e o Exército do Nepal.
A violência na região, segundo o coronel, é volátil. Os motivos, explica Pedro Braum Azevedo da Silveira, pesquisador e consultor de segurança do Viva Rio no Haiti, são vários, e a luta por poder entre as cerca de dez gangues da Grande Bel-Air é um deles.
Segundo o coronel Sinval, desde dezembro, quando assumiu o comando do batalhão, nenhum tiro real foi disparado. Balas de borracha foram usadas em eventos avaliados como esporádicos. “O mais surpreendente foi que aumentamos a sensação de segurança sem precisar dar nenhum tiro.”
Passaram pelo batalhão que deixa de existir, em três anos e três meses de operação, 4.787 militares brasileiros.
O material usado pelo batalhão foi dividido em quatro grupos: parte será repatriada para o Brasil, outros equipamentos serão reutilizados na base que permanece no Haiti, alguns objetos serão doados e o restante será descartado.
O navio Garcia D’Ávila, que tem 140 metros de comprimento e pode carregar até 8.751 toneladas, leva ao Brasil veículos (viaturas, caminhões, carros de combate e ambulâncias) e contêineres com materiais como geradores, unidade de purificação de água, barracas, coletes e capacetes.
A redução do efetivo de militares brasileiros na missão de paz no Haiti começou na semana passada, quando 330 homens deixaram o país. Na quarta-feira, partiu o navio Garcia D Ávila, carregando boa parte dos veículos e de materiais de alojamento usados no 2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 2). Esses são os passos mais visíveis da extinção do batalhão, que deixou de prestar serviços no dia 12 de abril e, até junho, não terá mais nenhum representante.
Constituído em março de 2010 com o objetivo de prestar auxílio humanitário no pós-terremoto, o batalhão deixa o Haiti num momento em que a violência voltou a crescer, principalmente na região da Grande Bel-Air, que inclui os bairros mais populosos de Porto Príncipe e é parte da área de atuação do batalhão.
Não há números oficiais, mas um levantamento da ONG Viva Rio no Haiti, feito com base em informações de líderes comunitários, da polícia haitiana e da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (minustash), mostra que a taxa de homicídios na região era, em 2006, de 32 por 100 mil habitantes. Em 2010, ano do terremoto, foi para 50 e, entre novembro de 2011 e outubro de 2012, saltou para 104.
Para o comandante do bataIhão, coronel Sinval dos Reis Leite, a saída do Brabat 2 não vai interferir na segurança da população. Ele afirma que a tarefa dessa unidade era “especificamente humanitária e acabou recebendo uma área operacional para prover segurança”. Segundo ele, “antes do terremoto só existia um Brabat, com cerca de 1.200 homens, e isso será reconstituído”.A área coberta pelo batalhão que será extinto será dividida entre os militares brasileiros e o Exército do Nepal.
A violência na região, segundo o coronel, é volátil. Os motivos, explica Pedro Braum Azevedo da Silveira, pesquisador e consultor de segurança do Viva Rio no Haiti, são vários, e a luta por poder entre as cerca de dez gangues da Grande Bel-Air é um deles.
Segundo o coronel Sinval, desde dezembro, quando assumiu o comando do batalhão, nenhum tiro real foi disparado. Balas de borracha foram usadas em eventos avaliados como esporádicos. “O mais surpreendente foi que aumentamos a sensação de segurança sem precisar dar nenhum tiro.”
Passaram pelo batalhão que deixa de existir, em três anos e três meses de operação, 4.787 militares brasileiros.
O material usado pelo batalhão foi dividido em quatro grupos: parte será repatriada para o Brasil, outros equipamentos serão reutilizados na base que permanece no Haiti, alguns objetos serão doados e o restante será descartado.
O navio Garcia D’Ávila, que tem 140 metros de comprimento e pode carregar até 8.751 toneladas, leva ao Brasil veículos (viaturas, caminhões, carros de combate e ambulâncias) e contêineres com materiais como geradores, unidade de purificação de água, barracas, coletes e capacetes.
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