17 de Abril de 2013 - 16:59
Por Eduardo Valente
Duas mulheres, de 24 e 33 anos, e um homem, 20, foram presos, na manhã desta quarta-feira (17), suspeitos de integrarem uma quadrilha que abastecia os presídios da cidade com drogas. A ação da 6ª delegacia de Polícia Civil ocorreu quatro meses após parte da mesma organização ter sido presa, pelo mesmo crime, em uma residência do Bairro Santo Antônio, região Sudeste. O caso desta quarta foi descoberto após um trabalho conjunto entre os investigadores da Polícia Civil e a assessoria de inteligência do Ceresp. Além dos três suspeitos identificados, outros três detentos, de 21, 22 e 27 anos, sendo um do Ceresp e dois da Ariosvaldo Campos Pires, foram identificados e responderão pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas.
O grupo detido estava em uma casa no Bairro de Lourdes, onde funcionaria a preparação dos entorpecentes que seriam levados para os presídios. No local foram encontradas pequenas quantidades de maconha, crack, celulares, chips, documentos com a movimentação financeira, recibos de depósitos bancários e uma motocicleta.
De acordo com o delegado Carlos Eduardo dos Santos Rodrigues, a organização criminosa aliciava homens e mulheres para entrarem com entorpecentes, telefones celulares e chips no próprio corpo. A novidade descoberta é que, no caso dos aparelhos eletrônicos, os suspeitos tentavam burlar os equipamentos de detecção de metal e raios-X cobrindo os materiais com papel carbono e uma fita isolante de alta pressão. Nos exames, os objetos eram confundidos com fezes, não levantando a suspeita dos agentes penitenciários.
Conforme o diretor do Ceresp, Giovani de Morais Gomes, a ação desta quarta-feira foi importante para mostrar aos infratores que, apesar das tentativas de burlar o sistema, eles não estão imunes. "Muitos acreditam que não serão detectados, mas (os entorpecentes ou os celulares) podem aparecer nos aparelhos e, neste caso, os suspeitos são presos em flagrante." Giovani reforça que são feitas vistorias e buscas rotineiras nas celas do presídio, no entanto, alguns detentos usam o artifício de introduzir os objetos no corpo para não serem descobertos. Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam.
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