02 de Abril de 2013 - 06:00
Problemas que já afetavam várias regiões se agravaram com as últimas chuvas e provocam críticas de pedestres e motoristas
Por Renata Brum
As chuvas dos últimos dias agravaram ainda mais a situação da malha asfáltica de Juiz de Fora, fazendo proliferar buracos e crateras, que dificultam a rotina de motoristas e pedestres. Erosões, afundamentos de pista, bueiros abertos e deformidades nas pistas causam transtornos e afetam o fluxo nas principais vias do Centro e nos bairros. A Tribuna circulou em ruas de Norte a Sul e constatou as falhas, ouvindo, ainda, as reclamações de diversos juiz-foranos. Os pedestres foram afetados até mesmo no principal corredor da cidade, a Avenida Rio Branco, onde houve o afundamento de parte do traffic calming, na esquina com a Rua Marechal Deodoro, após um vazamento da rede da Cesama. Nesta segunda-feira (1º), funcionários da empresa Gradual Engenharia, terceirizada pela Prefeitura, recuperavam a travessia, mas, logo à frente, no cruzamento com a Rua Halfeld, outro afundamento já podia ser visualizado. "É uma absurdo porque atravessamos com pressa, sem olhar para o chão, e caímos no buraco", reclamou a dona de casa Elza Helena da Silva.
Já na Rua Batista de Oliveira, ainda no Centro, são os motoristas que precisam ter cautela. Uma erosão toma conta do centro da pista, em frente à Rua Antônio Carlos. Os motoristas que sobem a via, com destino ao Granbery, precisam desviar da cratera, marcada por cavaletes há mais de uma semana. Os carros que descem a via são forçados a aguardar a vez, para evitar colisões. Ainda na Batista, logo acima, em frente ao número 1.356, novamente os condutores precisam desviar de outro obstáculo: a tampa de um bueiro foi levada há mais de uma semana pela enxurrada. "Está perigoso porque os carros estão andando na contramão, e os motoristas não estão se entendendo", contou o pedreiro Ernesto Silva.
No Granbery, na Rua Professora Carolina Coelho, parte do asfalto foi levada pela enxurrada. Na Julieta Andrade, a rede de esgoto se rompeu em dois pontos nos últimos dias, deixando o tráfego em meia pista. Nesta segunda, servidores da Cesama trabalhavam no local, mas a passagem dos coletivos ficou comprometida.
Já na Zona Sul, entre o Alto dos Passos e o Mundo Novo, na Rua Pedro Botti, esquina com Doutor Luiz Antônio Vieira Pena, a falha foi sinalizada, mas ainda oferece riscos, pois fica na descida, surpreendendo condutores. Na Cidade Alta, no Dom Bosco, uma erosão também oferece perigo. Na Rua Vicente Beghelli, em frente ao número 30, parte do asfalto, próximo a uma boca de lobo, foi consumido. Do outro lado da cidade, na Zona Norte, um buraco ocupa meia pista da Rua Abílio Gomes, no Francisco Bernardino. Segundo usuários da via, a depressão formou-se no trecho há cerca de três semanas. Para evitar dano nos veículos, motoristas têm que invadir a contramão.
Nas regiões Leste e Nordeste, mais falhas no asfalto. No Bairu, a Rua Irmão Martinho mais parece uma colcha de retalhos, com a pista toda demarcada por reparos na rede de água. Há um mês, outra erosão abriu nova cratera na pista. A Cesama realizou a obra, mas o trecho ainda não foi pavimentado. Abaixo um novo afundamento já pode ser visto. "O grande problema é que a rede é de 1950, as manilhas são velhas e estreitas. E a Prefeitura só arruma o que estraga ao invés de realizar a troca de toda a rede. Seria muito mais econômico", defende o aposentado Darcy Pinto.
Na Américo Lobo, entre as ruas Francisco Faria e Américo Luz, principal via entre os bairros Bonfim, Progresso e Bairu, o asfalto está tomado pelos buracos. Sem ter como desviar, usuários da pista somam prejuízos. "A suspensão e os pneus já não aguentam mais", disparou o morador da área Paulo Moraes. Na mesma via, próximo à sede da Receita Federal, mais cavidades. No Manoel Honório, na Rua Afonso Pena, o rompimento da rede também causou afundamento há mais de um mês."Vieram aqui e jogaram terra, colocaram uma nova tampa no bueiro, mas o problema não foi resolvido, pois nova erosão está surgindo", apontou a dona de casa Zezita Alves.
Segundo a Prefeitura, os problemas se agravaram após as chuvas de março e não há como realizar manutenção adequada com as precipitações, mas uma operação emergencial de tapa-buracos já está sendo realizada. Só nesta segunda, as equipes estiveram em 13 pontos de regiões distintas. Segundo o diretor técnico operacional da Empav, Renê Vieira Filho, seis equipes trabalham na recuperação do asfalto durante a semana, mas adiantou que os trabalhos serão estendidos para os sábados. Já o diretor operacional da Cesama, Márcio Pessoa, explicou que as ações estão sendo realizadas de acordo com a gravidade dos problemas. "Além de a rede ser muito antiga, sobretudo na região central, as águas pluviais, muitas vezes, são jogadas na rede de esgoto, indevidamente, causando um colapso. A Prefeitura tenta com o Ministério das Cidades ajuda para dar início a um volume grande de obras nesse sentido."
NOTA DO EDITOR: Em frente ao campo do Esporte Clube São Carlos, no bairro de Lourdes, tem um que vai acabar tomando conta da rua, já comuniquei o fato a Cesama faz mais de dois meses e até agora ele só faz aumentar, providências urgentes tem que ser tomadas.
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