Parou de trabalhar nesta sexta-feira (12) o batalhão que o Brasil enviou ao Haiti para atuar na distribuição de ajuda humanitária após o terremoto de janeiro de 2010, que deixou cerca de 300 mil mortos e 3 milhões de desalojados.
A tropa, composta por 769 homens, havia sido convocada pela ONU em resposta ao envio imediato, pelos Estados Unidos, de mais de 4 mil marines para impedir uma onda de insegurança após a tragédia. Os soldados foram adicionados a outros mil que o Brasil já possuía na missão de paz no Haiti (Minustah) desde 2004.
A tropa, composta por 769 homens, havia sido convocada pela ONU em resposta ao envio imediato, pelos Estados Unidos, de mais de 4 mil marines para impedir uma onda de insegurança após a tragédia. Os soldados foram adicionados a outros mil que o Brasil já possuía na missão de paz no Haiti (Minustah) desde 2004.
Atualmente o Exército possui 1.910 soldados no Haiti, divididos em dois batalhões de infantaria e uma companhia de engenharia de 250 soldados.
O Batalhão 1, que é fixo e responsável por fazer a segurança na capital, tem 900 homens. O Batalhão 2, de ajuda humanitária, tem 769. Como já estão trabalhando há 6 meses no Haiti, todos os soldados do Batalhão 2 retornam ao país a partir de abril.
Entre junho e julho, quando haverá troca também do Batalhão 1, o Brasil vai enviar um efetivo reforçado: ao invés de 900, irão 1.200 soldados. A companhia de engenharia fica igual. A redução, no total, será de 460 homens.
"Com a melhoria da situação de segurança, a ONU resolveu retirar parte dos soldados adicionais mandados por vários países para apoiar o Haiti após o tremor. A nossa missão, de ajudar a manter um ambiente seguro e estável, foi cumprida, e estamos começando o processo de desmobilização. A retirada será gradual a partir do dia 12, quando a tropa para de fazer operações”, disse o coronel José Mateus Teixeira Ribeiro, porta-voz do batalhão 2 do Brasil no Haiti.
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“Quando o batalhão foi criado, a situação era crítica, havia milhares de desabrigados nas ruas e os campos de deslocados tomavam a capital, Porto Príncipe. Nestes três anos, houve significativa redução do número de pessoas morando em tendas temporárias. Percebe-se novas construções, prédios públicos e privados sendo erguidos, uma melhoria na expectativa de desenvolvimento do país e condições para gerar emprego em diversos setores”, acrescenta o oficial.
O terremoto de 2010 levou ao chão cerca de 70% das escolas e delegacias do país, destruiu o Palácio Nacional, sede do governo, e derrubou a Penitenciária Nacional, fazendo com que mais de 1.400 detentos fossem para as ruas. Na sequencia, a falta de higiene, de atenção à saúde básica da população e a insalubridade provocada pelos destroços pelo país permitiram que uma epidemia de cólera infectasse mais de 520 mil pessoas e causasse cerca de 7 mil mortes em três anos, segundo a Organização Panamericana da Saúde (OPS).
O terremoto de 2010 levou ao chão cerca de 70% das escolas e delegacias do país, destruiu o Palácio Nacional, sede do governo, e derrubou a Penitenciária Nacional, fazendo com que mais de 1.400 detentos fossem para as ruas. Na sequencia, a falta de higiene, de atenção à saúde básica da população e a insalubridade provocada pelos destroços pelo país permitiram que uma epidemia de cólera infectasse mais de 520 mil pessoas e causasse cerca de 7 mil mortes em três anos, segundo a Organização Panamericana da Saúde (OPS).
Dias após a tragédia, a ONU decidiu aumentar em 4 mil homens o efeito da missão de paz. Em outubro de 2012, constatando melhorias na situação do país, o Conselho de Segurança entendeu que 3,2 mil já podiam deixar o Caribe.
“O Haiti apresenta um crescimento visível. Há construção de pontes, mais áreas urbanizadas e asfalto sendo levado para o interior do país. A região ao redor do aeroporto também tem maior número de indústrias e comércio, e a polícia haitiana também forma a cada ano mais homens. A tropa de reforço para ajuda humanitária atendeu bem a sua necessidade na época, mas agora não é mais necessária”, acredita o coronel.
O batalhão do Brasil que está voltando fazia a segurança de quatro regiões da capital do Haiti, Porto Príncipe (Forte Nacional, Bel Air, Waff Geremie e Village de Dieu), que agora serão absorvidas por soldados de outros países que integram a missão da ONU. Os soldados também apoiavam ações do governo e de entidades ligadas à ajuda humanitária, como a distribuição de água e comida à população.
“O Haiti apresenta um crescimento visível. Há construção de pontes, mais áreas urbanizadas e asfalto sendo levado para o interior do país. A região ao redor do aeroporto também tem maior número de indústrias e comércio, e a polícia haitiana também forma a cada ano mais homens. A tropa de reforço para ajuda humanitária atendeu bem a sua necessidade na época, mas agora não é mais necessária”, acredita o coronel.
O batalhão do Brasil que está voltando fazia a segurança de quatro regiões da capital do Haiti, Porto Príncipe (Forte Nacional, Bel Air, Waff Geremie e Village de Dieu), que agora serão absorvidas por soldados de outros países que integram a missão da ONU. Os soldados também apoiavam ações do governo e de entidades ligadas à ajuda humanitária, como a distribuição de água e comida à população.
Canadá sob comando do Brasil
A atuação do Exército no Haiti fez com que o Canadá se interessasse em incorporar um pelotão de 34 homens à tropa brasileira. Um pelotão do Paraguai já participa há alguns anos da missão de paz integrando a tropa brasileira. O comandante de todos eles será um coronel brasileiro.
“O próximo contingente (que chega em junho ao Haiti) terá oficiais do Canadá participando do Estado-Maior (um órgão de comando da unidade) e também soldados, para permitir uma troca de experiências”, diz Ribeiro.
Em 2012, a ONU elaborou um plano retirar gradualmente, até 2016, os 7.700 soldados e 1.278 policiais que atuam na missão de paz, entendendo que já houve redução da criminalidade e já existem melhores condições de vida para a população. A mudança da missão nos próximos três anos dependerá de uma avaliação anual de fatores como desenvolvimento econômico, político e social, manutenção da situação de segurança e aumento do efetivo policial.
A atuação do Exército no Haiti fez com que o Canadá se interessasse em incorporar um pelotão de 34 homens à tropa brasileira. Um pelotão do Paraguai já participa há alguns anos da missão de paz integrando a tropa brasileira. O comandante de todos eles será um coronel brasileiro.
“O próximo contingente (que chega em junho ao Haiti) terá oficiais do Canadá participando do Estado-Maior (um órgão de comando da unidade) e também soldados, para permitir uma troca de experiências”, diz Ribeiro.
Em 2012, a ONU elaborou um plano retirar gradualmente, até 2016, os 7.700 soldados e 1.278 policiais que atuam na missão de paz, entendendo que já houve redução da criminalidade e já existem melhores condições de vida para a população. A mudança da missão nos próximos três anos dependerá de uma avaliação anual de fatores como desenvolvimento econômico, político e social, manutenção da situação de segurança e aumento do efetivo policial.
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