segunda-feira, 25 de março de 2013

TEXTO DE CARLOS ROBERTO DESIDÉRIO - MAIS UM CAI NO FORNAURANTE POPULAR


Numa quinta-feira, dia 07 de março do corrente, sob calor de mais de 40°C assistimos mais uma vítima ir ao chão quando almoçava no Fornaurante Popular de Juiz de Fora. Como é estranho o tratamento do poder público com o povo simples. 

Este espaço desde a muito vem tentando sensibilizar as autoridades municipais sobre a necessidade de uma intervenção urgente no RP (Restaurante Popular). 

O prefeito visitou o restaurante ladeado por assessores e secretários, almoçaram e saíram. Logo depois da visita do primeiro mandatário do município, lá estiveram seis vereadores, que também almoçaram, deram entrevistas e saíram. 

Disseram alguns deles, que tiveram dias antes daquela histórica visita, conversa com o Secretário Municipal de Agropecuária e Abastecimento, sr. Marlon Martins Siqueira, e, que o dito secretário prometera que em (40) quarenta dias o restaurante receberia melhoras, isto é, seriam instalados os aparelhos de ar condicionado. Ainda no recinto, reunidos com os nobres edis, mostramos uma série de inconvenientes que trazem desconfortos aos usuários. 

Relembrando,...Falamos da necessidade urgente de melhora no posicionamento dos banheiros. Mostramos que a porta do banheiro feminino é literalmente em frente à porta do banheiro masculino. As senhoras mesmo que não queiram se vêem em situações constrangedoras. 

Mostramos que há no restaurante apenas 2 (dois) bebedores de água. São mais de 2.500 (duas mil e quinhentas) pessoas que fazem uso do restaurante diariamente, e que 90% fica sem acesso a água gelada.

Mostramos aos vereadores que as telhas de fibras usadas na parte externa, onde se formam as filas, são impróprias, elas absorvem e acumulam mais calor. 

Falamos da necessidade de redesenhar o layout para melhor atender as pessoas. É muito comum que se espere nas filas por mais de 40 minutos, e, muitos desistem de se alimentar, retornam aos seus postos de trabalho muito fragilizados. 

Não gostaria e nem quero ser leviano, mas, os quarenta dias para se cumprir a promessa já se foram. Quero relembrar que no dia que o restaurante recebeu visita dos vereadores, era dia de temperatura amena. Isto foi dito a eles. Talvez por isso não tenham se sensibilizado e nem voltaram cobrar do executivo a atenção devida. 

Agora recebemos denuncia de que o restaurante vem vendendo os cartões sem a entrega dos cupons (notas fiscais), que comprovam o movimento mercantil do restaurante, melhor dizendo, sonegando impostos.

Solicitamos aos vereadores e, ou, a quem tiver interesse no executivo que olhem como os canos do gasoduto foram afixados na parte externa do lado do estacionamento. É risco eminente de mortes. 

Quero relembrar aos vereadores e ao secretário, que as pessoas que frequentam o restaurante são na maioria idosas, muito delas doentes, portadoras de necessidades especiais, senhoras grávidas, pessoas hipertensas e problemas cardíacos. 

Sinto dizer, mas, parece que na hora de servir aos pobres, as autoridades optam por achar óbices, o que, não existe quando se tem que fazer algo por gente de melhor sorte na vida. Quero relembrar as autoridades, que o governo existe para servir aos mais necessitados, e que esta falta de apreço só contribui para que as pessoas fiquem cada vez mais descrentes no caráter do homem público. 

Mesmo esgotados e oprimidos é esta gente que mais paga impostos carregando nos ombros sonhos de uma nata social que faz questão de ignorar os sonhos da parte mais baixa da pirâmide social, mesmo que o seja só de se alimentar num lugar digno. 

O homem que passou mal na quinta feira tem idade para ser pai de qualquer um dos vereadores e de qualquer um dos secretários do prefeito. Tudo o que queremos é um governo luminoso e fecundo. A sociedade clama pelo desejo da igualdade, de concessão e serenidade da alma. 

Esse espírito é o princípio do fraterno que se chama a tolerância, a boa vontade recíproca, a proporcionalidade dos homens e dos direitos, a razão reconhecida se fazendo suprema, a eliminação dos prejulgados e dos preconceitos. Quando existem estes princípios básicos, homens e governo acham-se na paz e na harmonia. 

Caso contrário,...não pensem os senhores que o povo está inerte. Talvez o fique em atitudes radicais de tirar-lhes do poder com as forças dos braços, mas na hora certa saberá dar-lhes o troco, e o farão nas urnas. 

Será preciso que um usuário venha a óbito para que as autoridades acordem? Se for por esta via, ao invés de governo inerte o classificaremos de governo de facínoras. Por que tratam tão mal o pobre?

CARLOS ROBERTO DESIDÉRIO

https://www.facebook.com/robertodesiderio.desiderio/posts/584259868253257

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