terça-feira, 5 de março de 2013

Em crise, Record cancela férias e quer demitir mais



Os engravatados que administram a Record Rio não respeitam mesmo os trabalhadores da empresa. Relatos de jornalistas dão conta de que o departamento de Recursos Humanos da emissora cortou as férias já agendadas de profissionais da redação – muitos, inclusive, com viagens marcadas. “Na última sexta-feira (1º de março), um email do RH dizia que as pessoas não poderiam tirar férias antes de vencer o prazo de duas férias”, relata um empregado da Record Rio. Na prática, muitos funcionários vão trabalhar quase dois anos sem o descanso previsto em lei. Apenas os que tinham período programado para março garantiram seu direito.“É um email ardiloso, que vem com informes, como aula laboral. A última coisa é essa notícia sobre as férias”, relata um jornalista.

Essa medida arbitrária da emissora do bispo Edir Macedo acontece após a empresa tirar o pagamento dobrado de feriados e alterar a escala do final de semana dos jornalistas. Para piorar, de acordo com relatos, os auxiliares de câmera (radialistas) agora são obrigados a atuar também como motoristas – sem qualquer experiência na função.

Enquanto isso, as demissões a conta-gotas não param. Em 2012, foram dispensados 14 jornalistas. Para esta semana, boatos dão conta de que sete equipes de reportagens – com repórter, repórter cinematográfico e auxiliar de câmera – podem ser demitidas. Isso acabou acentuando o clima péssimo na redação, sem condições de trabalho.

Diante da situação, a direção e o setor de Recursos Humanos da emissora, novamente, fogem de suas responsabilidades e não retornam as ligações de representantes sindicais.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio lamenta profundamente o que a direção da Record vem fazendo com seus profissionais e com o setor de radiodifusão na cidade – sucateando as condições de trabalho de seus empregados. O Departamento Jurídico do Sindicato vai usar todas as ferramentas possíveis para interromper o desrespeito e o abuso da emissora e está à disposição dos profissionais prejudicados.
Os jornalistas que tinham férias combinadas com a empresa, viagem paga ou hotel reservado em função disso – e possuem algum comprovante desse agendamento de férias, como email do chefe, por exemplo – podem cobrar da emissora uma indenização.

Fonte: SJPRJ
http://www.sjpmg.org.br/index.php/fique-por-dentro/noticias/1376

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