domingo, 20 de janeiro de 2013

Recruta é sepultado com honras fúnebres

20 de Janeiro de 2013 - 07:00

Por Tribuna


Marcados pela dor de uma tragédia, familiares, amigos e companheiros de quartel prestaram neste sábado (19), no Cemitério Municipal, suas homenagens ao recruta Jonathan Loures Rodrigues, atingido por um tiro de fuzil na cabeça, na manhã de sexta-feira, às vésperas de completar 20 anos de idade. O incidente aconteceu quando o jovem encerrava o turno de sentinela, no qual era responsável pela vigilância da área. Ele estava acompanhado de outro recruta, 19 anos, que portava a arma de onde partiu o tiro. A ocorrência foi registrada nas dependências do 4º Depósito de Suprimentos (4º D Sup), no Bairro Barbosa Lage, Zona Norte. Antes da cerimônia de sepultamento, marcada para as 14h, o esquife, envolto à bandeira do Brasil, foi saldado por uma guarda fúnebre, passando entre uma ala de militares ao som de uma corneta. As honrarias causaram comoção entre as cerca de cem pessoas que compareceram ao velório.
Em seguida, a urna funerária seguiu até o local de sepultamento, onde Jonathan ainda recebeu salvas de palma e um minuto de silêncio. De acordo com chefe do 4º Depósito de Suprimentos, o comandante Sylvio Pessoa da Silva, presente ao cerimonial, a família da vítima estava abalada e preferiu não fazer declarações à imprensa. "É uma dor muito grande, com a qual temos que lidar", disse o tenente-coronel Pessoa, acrescentando que a investigação para a apurar as causas da morte do recruta já estão em andamento. "Foram requisitadas perícias realizadas pelo próprio Exército e pela Polícia Civil. Teremos que aguardar os resultados, para que possam ser remetidos à Justiça Militar, uma vez que foi aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para levantar o que teria ocorrido na hora do disparo."
Ainda conforme o comandante, ontem o fuzil responsável pelo disparo ainda não havia sido periciado, mas estava à disposição da Justiça Militar. A respeito do recruta que portava a arma no momento do tiro, o tenente-coronel afirmou que, na tarde de ontem, ele ainda se encontrava detido nas instalações do 4º D Sup, recebendo toda a assistência necessária, uma vez que estaria ainda emocionalmente frágil.
Na manhã do acidente, registrado por volta das 6h, uma viatura do Corpo de Bombeiros foi acionada, mas o jovem não resistiu, falecendo no local. Já o militar que teria disparado contra o colega ficou em estado de choque, recebendo atendimento médico. Os dois eram apontados como amigos. A primeira versão para o caso é que o disparo teria sido acidental, embora outras hipóteses para o episódio estejam sendo investigadas. O inquérito tem prazo de até 40 dias para esclarecimento dos fatos.
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