A única plataforma do Estado para resgatar pessoas isoladas em prédios em chamas está parada desde novembro. Comprado há oito anos por R$ 4 milhões, o equipamento sofreu pane elétrica. Funcionando, ele atinge uma altura equivalente a 16 andares e permite salvar cinco pessoas de uma vez.
Bombeiros preocupados com o risco de uma tragédia em Minas procuraram o Hoje Em Dia para denunciar o sucateamento da instituição.
Com a plataforma, o resgate é feito em um cesto que se movimenta lateralmente, para baixo e para o alto. A direção é ordenada por meio de um controle remoto.
A plataforma tem um dispositivo que transporta duas macas equipadas com oxigênio para socorrer quem está com dificuldade respiratória.
Mais segura
Segundo os militares, que pediram anonimato, a estrutura é a forma mais segura de retirar pessoas de prédios em chamas.
O equipamento finlandês também é usado para lançar água nos focos de incêndio. Mas está parado na sede do 3º Batalhão dos Bombeiros, no bairro São Francisco, na Pampulha, em BH.
“A maioria dos prédios antigos de BH, como o Maleta, não possui porta corta-fogo. Se as chamas atingirem as escadas, as pessoas não terão como descer e os bombeiros encontrarão dificuldade para subir”, alerta o engenheiro João de Castro Amaral, especialista em projetos de incêndios.
Outro caminhão que poderia ser usado para retirar vítimas de incêndios está parado há mais de dez anos no Centro de Suprimentos e Manutenção dos Bombeiros, no bairro Tropical, em Contagem. A escada mecânica Magirus atinge 44 metros de altura, o equivalente a um prédio de 20 andares.
O Hoje Em Dia apurou que o conserto custa R$ 300 mil, mas não foi feito por falta de recursos do Corpo de Bombeiros. Outras escadas mecânicas, que atingem prédios de até 37 metros, estão em Juiz de Fora (Zona da Mata) e Uberlândia (Triângulo).
O Corpo de Bombeiros confirmou que a plataforma sofreu pane elétrica e tem restrições de uso. A data de conserto não foi informada. Sobre outros dispositivos para resgate, afirmou contar, por exemplo, com o apoio do Batalhão de Operações Aéreas (BOA), que tem dois helicópteros e um avião.
http://www.hojeemdia.com.br/minas/caixa-vazio-deixa-parado-equipamento-de-resgate-em-bh-1.84086
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