O estado de alerta máximo por conta das chuvas que atingem a cidade de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (13) permanece. Todas as 35 sirenes em 24 comunidades do município foram acionadas para que os moradores de áreas de risco deixassem as suas residências. Segundo a Defesa Civil Estadual, a chuva alcançou 113 milímetros na cidade, o equivalente ao esperado para 20 dias no mês de novembro. Até às 14h, cerca de 30 pessoas ainda estavam instaladas em um ponto de apoio no bairro Floresta, no distrito de Conselheiro Paulino.
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Segundo a Defesa Civil de Nova Friburgo, 17 ocorrências foram atendidas, todas sem feridos. A mais grave registrada foi uma que casa desabou no início da manhã desta quarta, no bairro Três Irmãos. O imóvel foi atingido por pedras e já estava interditado pela Defesa Civil. Não havia ninguém no local. De acordo com o mapeamento da cidade, Nova Friburgo tem hoje 40 áreas de risco com 90 encostas com perigo de deslizamentos em caso de grandes chuvas.
"As equipes da Defesa Civil e de outros órgãos estão espalhadas pela cidade fazendo vistorias. O trabalho está sendo avaliado como positivo. Neste momento, estamos concentrados em atender as ocorrências", disse o subsecretário de Defesa Civil, Robson Teixeira.
De acordo com o Grupo de Previsão e Monitoramento, permanecem as previsões de chuvas de intensidade moderada. A Defesa Civil pede que os moradores da Região Serrana, do Vale do Paraíba, do Norte e do Centro-Sul prestem atenção aos comunicados do órgão. Na Região Serrana, as cidades de Bom Jardim, Trajano de Morais, Nova Friburgo, Carmo, Santa Maria Madalena, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto e Cordeiro têm risco de deslizamentos.
Quatro sirenes tiveram acionamento manual
Das 35 sirenes instaladas na cidade, quatro apresentaram problemas e tiveram que ser acionadas de forma manual. Os moradores da cidade reclamaram que o sistema só foi acionado cerca de uma hora depois da pancada de chuva mais forte, registrada por volta das 8h desta quarta-feira.
Centro da cidade alagado
O Rio Bengalas, que corta o centro da cidade. subiu ao nível máximo. Algumas ruas ficaram alagadas e em muitos pontos o trânsito apresentava lentidão no fim da manhã.
A internauta Jéssica Heggendorn Corrêa enviou fotos da cidade alagada para o VC no G1. Ela disse que escolas ficaram totalmente debaixo d'água. "Pela manhã, fui até o Centro da cidade, onde faço curso, mas as aulas foram suspensas por causa das chuvas e de bueiros entupidos que causaram alagamentos em muitos pontos da cidade. Resolvi então ir até o colégio onde eu faço estágio, no bairro de São Geraldo, e a escola também estava alagada. Tinha água dentro da escola por causa de goteiras e, além disso, o córrego que fica ao lado transbordou. Os alunos foram dispensados", relatou.
Parte da cidade debaixo d'água (Foto: Jéssica Heggendorn Corrêa/VC no G1)
"Todos sabem a situação que Nova Friburgo enfrentou em 2011 e, sinceramente, nada mudou", afirmou Jéssica.
Centro de Nova Friburgo após chuva da manhã desta terça-feira (13) (Foto: Clara Pontes/Inter TV)
Tragédia
Há quase dois anos, um temporal devastou várias áreas da Região Serrana do Rio. Mais de 900 pessoas morreram nas enchentes. A cidade de Nova Friburgo foi uma das mais atingidas. Várias pessoas ficaram desaparecidas no município.
Há quase dois anos, um temporal devastou várias áreas da Região Serrana do Rio. Mais de 900 pessoas morreram nas enchentes. A cidade de Nova Friburgo foi uma das mais atingidas. Várias pessoas ficaram desaparecidas no município.
Muitos moradores perderam suas casas e tiveram que improvisar moradias em abrigos. Alguns não receberam novas casas até hoje. Protestos têm sido organizados em relação à demora para o recebimento de benefícios e recuperação das áreas. Na época, foram registradas mais de 3 mil quedas de barreiras.
http://g1.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2012/11/choveu-o-equivalente-20-dias-em-menos-de-24h-em-nova-friburgo-rj.html
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