O presidente da Câmara, Carlos Bonifácio (PRB), recebeu nesta quarta-feira (21) das mãos do servidor público Flávio Sereno uma petição com 830 assinaturas cobrando a votação da proposta que prevê o fim dos penduricalhos pagos por reuniões extraordinárias e pela "ajuda de custo", pela qual cada parlamentar recebe um 14º e um 15º salário, cada um no valor de R$ 10.260,95. O abaixo-assinado recebeu apoio de seis parlamentares: os três autores da matéria - José Sóter Figueirôa (PMDB), Noraldino Júnior (PSC) e Wanderson Castelar (PT) -, os petistas Flávio Cheker e Roberto Cupolillo (Betão) e o pedetista José Fiorilo.
Contrariando as expectativas - e os pedidos reiterados de Castelar -, o projeto ficou fora da pauta de quarta por iniciativa da Mesa Diretora, já que, segundo a assessoria da Casa, Carlos Bonifácio pretende apresentar uma emenda ao texto. A proposta, que a princípio extinguia as regalias apenas a partir de 2013, já foi "emendada" uma vez, para acabar com os benefícios "desde já" (a Câmara argumenta que, para o ano que vem, o pagamento por sessões extras já não foi fixado). No entanto, o substitutivo apresentado em junho, seis meses depois de a matéria começar a tramitar, postergou em mais cinco meses sua votação, uma vez que ela teve que retornar às comissões técnicas. Questionado sobre a modificação que ainda pretende fazer no texto, o presidente da Casa se recusou a revelar. Ele afirmou, porém, que a proposição será incluída na pauta de amanhã.
No lugar de dar um basta no pagamento de verbas extras, os vereadores realizaram na quarta duas reuniões extraordinárias, que junto com a sessão ordinária, duraram cerca de uma hora, com direito a dez minutos de intervalo. Pelas duas sessões a mais convocadas, à exceção de Castelar, que abriu mão da prerrogativa no início do mandato, cada um receberá R$ 2.052,19 - um décimo do salário por cada reunião.
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