O grito não ficou entalado na garganta. A apuração ainda não havia sido encerrada quando a professora Margarida Salomão (PT) foi recebida com ovações calorosas
Apesar do clima de tristeza, Margarida é aclamada por militantes ao chegar no comitê |
tão logo chegou ao comitê, às 18h35. Os brados de "É ela! É ela! É Margarida" foram altos, como se estivessem comemorando uma vitória. A realidade representada pelos 42,84% dos votos válidos conquistados por Margarida nesse segundo turno - 122.684 votos no total e 15.035 a menos do que no pleito de 2008 - era evidenciada, porém, nos rostos sérios, vincados, tristes. E nas lágrimas. O grito, como o choro, foi de dor. Mas também foi de aclamação.
"Quero agradecer aos amigos e amigas com quem venho compartilhar esse resultado. A presença de vocês deixa claro para nós que a luta valeu a pena", discursou Margarida. "Fizemos a luta da melhor forma que podíamos, com a unidade do nosso partido, sem trinca nenhuma", acrescentou, homenageando o vice José Roberto Maranhas (PSB) e toda a coligação, incluindo o deputado Júlio Delgado (PSB) e o ex-prefeito Tarcísio Delgado (sem partido), que não estavam presentes. Quem representou a ala dissidente do PMDB foi Luiz Carlos de Carvalho, ex-presidente da sigla, a quem, Margarida, em tom de brincadeira, convidou a ingressar no PT. "Todos os companheiros da coligação são muito bem vindos ao PT, viu Tikarlin?", sorriu.
Embora diante de uma certa relutância dos presentes em aceitar o argumento, a petista voltou a ressaltar que a cidade optou pela mudança. "Temos que compreender o movimento da cidade. Juiz de Fora optou pela mudança, mas entendeu que essa mudança era geracional. Nós defendemos e entendemos que a mudança deve ser política, uma mudança de prioridades." Pouco antes de telefonar pessoalmente para o prefeito eleito Bruno Siqueira (PMDB) a fim de cumprimentá-lo e colocar à disposição da cidade o mandato de deputada federal que assumirá a partir de janeiro, ela desejou publicamente uma boa Administração ao peemedebista.
"Quero cumprimentar o prefeito eleito e desejar a ele e à cidade toda a felicidade. Mas estaremos atentos. A cidade está atenda para cobrar depois", avisou, sob gritos de "oposição", dando uma prévia de qual será a posição petista no próximo Governo municipal. "Temos uma agenda própria. Vamos continuar a disputar ideias, a trabalhar em prol do servidor público, a cobrar acesso de todos à saúde, a defender o desenvolvimento com redução tributária... Queremos uma cidade limpa."
Reestruturação do partido
Tranquila desde sua chegada ao comitê, Margarida - que, ao contrário de grande parte da militância, não chorou - confessou tristeza, mas garantiu que o resultado não diminuiu a esperança. "Nosso mandato de deputada federal será um mandato a favor da cidade e a serviço do nosso partido." Se será candidata pela terceira vez em 2016, Margarida evitou dizer. "O partido é que vai dizer quem será candidato. Agora temos que sentar, analisar esse processo e reestruturar o partido", ponderou. "Nesse sentido, o mandato na Câmara dos Deputados, que o PT de Juiz de Fora não tinha, vai nos oferecer oportunidade de fazer essa reestruturação."
Antes do resultado, ainda pela manhã, quando votou no Colégio Machado Sobrinho, ela foi questionada sobre os acertos de conta durante a campanha, mas respondeu de forma enfática: "Estamos finalizando os contratos e débitos, que serão honrados. É importante destacar que, além de não dever nada a meus prestadores de serviços, não devo nada a ninguém. Tenho mãos limpas para governar a cidade e condição de olhar para todos".
"Quero agradecer aos amigos e amigas com quem venho compartilhar esse resultado. A presença de vocês deixa claro para nós que a luta valeu a pena", discursou Margarida. "Fizemos a luta da melhor forma que podíamos, com a unidade do nosso partido, sem trinca nenhuma", acrescentou, homenageando o vice José Roberto Maranhas (PSB) e toda a coligação, incluindo o deputado Júlio Delgado (PSB) e o ex-prefeito Tarcísio Delgado (sem partido), que não estavam presentes. Quem representou a ala dissidente do PMDB foi Luiz Carlos de Carvalho, ex-presidente da sigla, a quem, Margarida, em tom de brincadeira, convidou a ingressar no PT. "Todos os companheiros da coligação são muito bem vindos ao PT, viu Tikarlin?", sorriu.
Embora diante de uma certa relutância dos presentes em aceitar o argumento, a petista voltou a ressaltar que a cidade optou pela mudança. "Temos que compreender o movimento da cidade. Juiz de Fora optou pela mudança, mas entendeu que essa mudança era geracional. Nós defendemos e entendemos que a mudança deve ser política, uma mudança de prioridades." Pouco antes de telefonar pessoalmente para o prefeito eleito Bruno Siqueira (PMDB) a fim de cumprimentá-lo e colocar à disposição da cidade o mandato de deputada federal que assumirá a partir de janeiro, ela desejou publicamente uma boa Administração ao peemedebista.
"Quero cumprimentar o prefeito eleito e desejar a ele e à cidade toda a felicidade. Mas estaremos atentos. A cidade está atenda para cobrar depois", avisou, sob gritos de "oposição", dando uma prévia de qual será a posição petista no próximo Governo municipal. "Temos uma agenda própria. Vamos continuar a disputar ideias, a trabalhar em prol do servidor público, a cobrar acesso de todos à saúde, a defender o desenvolvimento com redução tributária... Queremos uma cidade limpa."
Reestruturação do partido
Tranquila desde sua chegada ao comitê, Margarida - que, ao contrário de grande parte da militância, não chorou - confessou tristeza, mas garantiu que o resultado não diminuiu a esperança. "Nosso mandato de deputada federal será um mandato a favor da cidade e a serviço do nosso partido." Se será candidata pela terceira vez em 2016, Margarida evitou dizer. "O partido é que vai dizer quem será candidato. Agora temos que sentar, analisar esse processo e reestruturar o partido", ponderou. "Nesse sentido, o mandato na Câmara dos Deputados, que o PT de Juiz de Fora não tinha, vai nos oferecer oportunidade de fazer essa reestruturação."
Antes do resultado, ainda pela manhã, quando votou no Colégio Machado Sobrinho, ela foi questionada sobre os acertos de conta durante a campanha, mas respondeu de forma enfática: "Estamos finalizando os contratos e débitos, que serão honrados. É importante destacar que, além de não dever nada a meus prestadores de serviços, não devo nada a ninguém. Tenho mãos limpas para governar a cidade e condição de olhar para todos".
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