quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Pescadores acham destroços que podem ser de bimotor que sumiu


Infraero deslocou equipe para apurar se material pertence à aeronave. 
Capitania dos Portos também investiga equipamentos encontrados.

Do G1 BA

Pescadores acham destroços que podem ser de bimotor que sumiu na BA (Foto: Abel Dias/ TV Santa Cruz)Bombeiros foram acionados durante a madrugada e foram para local (Foto: Abel Dias/ TV Santa Cruz)
Pescadores podem ter localizado na noite de terça-feira (25), no litoral norte de Ilhéus, o que seriam os destroços da aeronave que desapareceu no sul da Bahia na noite de segunda-feira (24) ao decolar em direção a Brasília, Distrito Federal, informou a Infraero nesta quarta-feira (26). Segundo o órgão, uma equipe foi deslocada para a região, que fica a aproximadamente 15 quilômetros do aeroporto da cidade, para apurar se os restos são de fato do bimotor.
Pedaços do caixão que eram transportados pela aeronave, poltronas, sacolas e partes do bimotor teriam sido localizados, segundo descreveram os pescadores à Infraero.
A Capitania dos Portos também informou nesta manhã que foi comunicada sobre os destroços achados e diz que uma equipe também segue para o local. Homens do Corpo de Bombeiros estão na praia onde o material foi achado.
"Recebemos uma ligação por volta das 00h30 de uma pessoa que se identificou como pescador dizendo que havia achado partes da aeronave. Deslocamos uma equipe para lá e verificamos que era verdade. Aguardamos agora a chegada da polícia e do DPT", diz sargento Edleusa, que estava no plantão dos Bombeiros no momento do telefonema.
Até a publicação desta matéria, não havia o relato de localização de corpos.
Pescadores acham destroços que podem ser de bimotor que sumiu na BA (Foto: Abel Dias/ TV Santa Cruz)Pedaço de madeira pode ser parte de caixão que
era transportado (Foto: Abel Dias/ TV Santa Cruz)
Buscas

As buscas pela aeronave que desapareceu na região de Ilhéus foram suspensas no fim da tarde de terça-feira (25), informou a Aeronáutica. Um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), duas lanchas da Marinha e o Corpo de Bombeiros procuraram em terra e mar o bimotor Sêneca EBM-810, que transportava o corpo de uma mulher de 61 anos, que morreu afogada na Bahia no sábado (22), além do piloto e o marido da vítima, de 58 anos.
A Aeronáutica afirmou que o helicóptero da FAB percorreu área de 312 km², a pelo menos 20 km da costa. A previsão era de que as buscas fossem retomadas às 6h20 desta quarta-feira. O Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus,ficou fechado das 15h45 às 17h30 de terça-feira, devido à ação da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro da unidade.
“Os aviões da FAB precisam fazer o procedimento livre de qualquer operação de outros aviões. Nesse período teríamos dois voos, que foram cancelados. As empresas fizeram a remarcação e acomodaram em hotéis as pessoas que viajariam nesses voos", informou o superintendente da Infraero do município, João Bosco Bezerra.
O avião saiu de Ilhéus às 22h15 de segunda-feira. A viagem até Brasília deveria durar 3h20, mas, sete minutos depois da decolagem, a torre de controle perdeu contato com o piloto. O pintor Luiz Oliveira observou a partida do avião. "Um jatinho... e logo depois, dez minutos, quando eu vi a sirene do aeroporto tocando bem alta", disse.
A aeronave, de prefixo PT-RDG, estava com documentação em dia, segundo registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ela tinha capacidade para cinco passageiros e peso máximo de decolagem de 2.073 quilos.

Velório suspenso

A família que aguardava a chegada do corpo que estava no avião que desapareceu suspendeu o velório que estava marcado para a manhã de terça-feira, em Brasília. “Estava saindo para o velório quando a irmã da falecida me ligou avisando que o avião com o corpo não chegou e estava desaparecido”, disse ao G1 Ivone Cardoso, amiga da família.
Segundo ela, a mulher que morreu afogada viajava com o marido, a sogra e mais um casal de parentes. Ela se afogou ao cair em um buraco em uma praia do sul da Bahia no sábado. Os parentes retornaram a Brasília no domingo e o marido permaneceu na Bahia esperando a liberação do corpo, que ocorreu na segunda. Ele então alugou a aeronave para fazer o traslado.
Ivone Cardoso afirma que a família não tem muitas informações sobre o desaparecimento do bimotor. “A última notícia que a família teve foi por meio de uma ligação do marido, dizendo que estava embarcando. A família estava esperando no aeroporto e ninguém chegou. Foi aí que a Infraero falou que o jatinho não havia chegado”.
O superintendente da Infraero em Ilhéus disse que o contato com o piloto foi perdido logo após o início do voo. "Logo depois da decolagem, que ocorreu por volta das 23h, não obtivemos mais contato com o piloto, chamamos e ele não retornou. Depois constatamos que a aeronave não chegou ao seu destino e acionamos os órgãos de salvamento".

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