domingo, 23 de setembro de 2012

Disputa pela Prefeitura de Juiz de Fora está a caminho do 2º turno


Petista Margarida Salomão lidera pesquisa MDA/Estado de Minas, seguida de Bruno Siqueira (PMDB) e do tucano Custódio Mattos, que tenta a reeleição


Publicação: 23/09/2012 07:14

A disputa pela Prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata, deve ser decidida somente no segundo turno, em 28 de outubro, provavelmente entre Margarida Salomão (PT) e um candidato a ser escolhido entre Bruno Siqueira (PMDB) e Custódio Mattos (PSDB). É o que aponta pesquisa feita entre os dias 15 e 17 deste mês com 500 eleitores, pelo Instituto MDA em parceria com o Estado de Minas registrada sob o nº MG 00529/2012. Os números mostram Margarida Salomão com 37,6% da preferência do eleitorado contra 26,4% de Bruno Siqueira e 19,8% de Custódio Mattos. Como a margem de erro é de 4,4 pontos percentuais, os dois estão empatados tecnicamente e qualquer um dos dois pode chegar ao segundo turno.

No levantamento, Laerte Braga (PCB) tem 0,6%, Vic (PSTU) 0,2% e Paschoalin (PRP) 0%. Brancos e nulos somam 5,6% e indecisos 9,8%. Se considerados os votos válidos, Margarida Salomão aparece com 44,4% das intenções de voto, Bruno Siqueira com 31,2% e Custódio Matttos com 23,4%. Apesar da vantagem sobre os demais, a votação da petista é insuficiente para lhe dar uma vitória no primeiro turno. Para o diretor do MDA, Marcelo Costa Souza, a grande disputa neste final de campanha deve ser para saber quem vai para o segundo turno com Margarida. “Há uma tendência clara de segundo turno em que Margarida teria vaga garantida. A petista mantém um público que tinha desde a outra eleição e Bruno Siqueira é visto como uma novidade. Custódio sofre com uma grande rejeição”, avalia o pesquisador.

Na pesquisa espontânea, quando são omitidos os nomes dos candidatos, Margarida Salomão tem 30,4% da preferência, enquanto Bruno Siqueira tem 22,4% e Custódio Mattos 14,2%. Atual prefeito, o tucano tem o governo relativamente bem avaliado mas ainda corre para tentar se garantir no segundo turno. A cristalização dos votos de Bruno Siqueira é a maior entre os três primeiros colocados: 68,9% dos que votam nele colocam a escolha como definitiva e 31,1% admitem mudar de opinião. Para Margarida Salomão, 66% colocam o voto como definitivo e 34% podem mudar. Já dos eleitores de Custódio Mattos, 60,6% estão firmes e 39,4% admitem mudar o voto.

Entre os três maais bem colocados, o prefeito Custódio Mattos é o que tem maior rejeição, sendo que 56% dos entrevistados dizem não votar nele de jeito nenhum, 27,6 % o citam como alguém em quem poderiam votar e 9,6% que ele é o único possível. Margarida Salomão vem com a segunda maior rejeição, sendo desconsiderada por 31,6% dos eleitores. É a única candidata possível para 21% e uma candidata em que 38,8% poderiam votar. Bruno Siqueira é considerado o único em quem votaria para 15,4% e uma possibilidade para 41,6%. Ele é rejeitado por 25%.

Em uma análise estratificada, Margarida Salomão tem uma vantagem maior sobre os adversários entre o público feminino. Entre as mulheres, 40,8% escolhem a petista, 26,2% optam por Bruno Siqueira e 16,1% ficam com Custódio Mattos. Já no público masculino, os números são respectivamente 33,9%, 26,6% e 24%. Margarida vence também em todas as faixas etárias, sendo mais forte no eleitorado com mais de 45 anos. A candidata do PT leva vantagem ainda em todas as faixas de rendas familiares, superando os concorrentes. Quando o assunto é escolaridade, Margarida, que foi reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tem a maior frente entre os eleitores com nível superior. Deles, 42,1% dizem votar em Margarida enquanto 18,4% escolhem Bruno Siqueira e 15,8% optam por Custódio Mattos.

Ficha técnica
A pesquisa realizada pelo Instituto MDA em parceria com o Estado de Minas ouviu 500 eleitores de Juiz de Fora entre 15 e 17 de setembro. O levantamento tem margem de erro de 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos e foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número MG 00529/2012. O Estado de Minas não publica pesquisas encomendadas por candidatos.

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