terça-feira, 10 de julho de 2012

General se emociona em despedida do Exército no Alemão


Monique Cardone
UPP Alemão

Na despedida das forças de pacificação do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (9), o ministro da Defesa, Celso Amorim, ressaltou que é preciso o apoio aos moradores para que o projeto de pacificação dê certo. Os moradores não puderam participar da cerimônia.

— Essa passagem de comando do Exército para a PM é acompanhada de uma sensação de dever cumprido. Mas, é preciso apoio social permanente aos moradores do complexo.
O comandante das forças de pacificação, general Adriano Pereira Junior, ficou emocionado com os agradecimentos e disse que a estadia do Exército no Alemão foi um sucesso.

— Durante esse período que ficamos, resgatamos valores e tornamos o sonho de paz dessas pessoas em realidade. A missão foi cumprida e o objetivo realizado. Quando chegamos usávamos colete, capacete e as pessoas nem olhavam para gente com medo. Hoje conquistamos a população que nos cumprimenta, colabora e virou nossa parceira.

O governador do Estado, Sergio Cabral (PMDB), agradeceu aos comandantes do Exército e ressaltou a união entre município, Estado e governo federal no sucesso da ocupação das comunidades.

— As Forças Armadas vão voltar à sua rotina a partir de agora. Fizemos uma parceria e se precisarmos pediremos ajuda novamente, mas não enxergamos essa necessidade em nenhuma outra estratégia de segurança, por enquanto. Sobre os confrontos que aconteceram após a nossa chegada ao Alemão, é normal e previsível numa retomada de território antes dominada pelo trafico.

As sedes das UPPs da Fazendinha e Nova Brasília já foram inauguradas com mobília, equipamentos de escritório e cozinha. Os custos foram bancados pela Odebresh e EBX, que foram homenageadas pelo governador durante a cerimônia.

Para o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, o Exército e polícia acabaram com a “agência reguladora do crime” que existia no Alemão.

— Acabamos com ‘a agência reguladora do crime’. Demos uma resposta nunca vista e que ninguém esperava. Hoje a população do Alemão vive melhor do que há cinco ou dez anos.

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