Monique Cardone
Na despedida das forças de pacificação do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (9), o ministro da Defesa, Celso Amorim, ressaltou que é preciso o apoio aos moradores para que o projeto de pacificação dê certo. Os moradores não puderam participar da cerimônia.
— Essa passagem de comando do Exército para a PM é acompanhada de uma sensação de dever cumprido. Mas, é preciso apoio social permanente aos moradores do complexo.
O comandante das forças de pacificação, general Adriano Pereira Junior, ficou emocionado com os agradecimentos e disse que a estadia do Exército no Alemão foi um sucesso.
— Durante esse período que ficamos, resgatamos valores e tornamos o sonho de paz dessas pessoas em realidade. A missão foi cumprida e o objetivo realizado. Quando chegamos usávamos colete, capacete e as pessoas nem olhavam para gente com medo. Hoje conquistamos a população que nos cumprimenta, colabora e virou nossa parceira.
O governador do Estado, Sergio Cabral (PMDB), agradeceu aos comandantes do Exército e ressaltou a união entre município, Estado e governo federal no sucesso da ocupação das comunidades.
— As Forças Armadas vão voltar à sua rotina a partir de agora. Fizemos uma parceria e se precisarmos pediremos ajuda novamente, mas não enxergamos essa necessidade em nenhuma outra estratégia de segurança, por enquanto. Sobre os confrontos que aconteceram após a nossa chegada ao Alemão, é normal e previsível numa retomada de território antes dominada pelo trafico.
As sedes das UPPs da Fazendinha e Nova Brasília já foram inauguradas com mobília, equipamentos de escritório e cozinha. Os custos foram bancados pela Odebresh e EBX, que foram homenageadas pelo governador durante a cerimônia.
Para o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, o Exército e polícia acabaram com a “agência reguladora do crime” que existia no Alemão.
— Acabamos com ‘a agência reguladora do crime’. Demos uma resposta nunca vista e que ninguém esperava. Hoje a população do Alemão vive melhor do que há cinco ou dez anos.
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