Mario Hugo Monken iG Rio de Janeiro
Fernando Quevedo / Agência O Globo - Militares da Força de Pacificação do Exército no Complexo do Alemão |
Um dia após as tropas da Força de Pacificação do Exército encerrarem a ocupação nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, o Comando Militar do Leste (CML) informou ao iG nesta terça-feira (10) o balanço da atuação dos militares nas comunidades desde o início dos trabalhos, em dezembro de 2010.
De acordo com o CML, os militares apreenderam 38 armas, sendo 12 fuzis. O número de munições recolhidas chegou a 2.879, sendo 864 de fuzil 762 mm, 571 de fuzil 556 mm, 902 de pistola nove milímetros e outras 542 de outros calibres.
Em relação à quantidade de drogas, as tropas da Força de Pacificação recolheram 76 kg de cocaína, 60 kg de maconha, 13 kg de crack e 17,5 Kg de haxixe.
O Exército prendeu ao longo da ocupação 263 pessoas e deteve outras 470, segundo informações do CML. Muitas das prisões ou detenções ocorreram em razão de desacatos ou resistência aos militares.
O CML informou tambem que apreendeu nos dois complexos cerca de US$ 30 mil e R$ 101.032,55.
O número de automóveis apreendidos chegou a 302. Já o de motocicletas, foi de 197.
O Exército informou que realizou no período da ocupação, 57.789 patrulhamentos motorizados e outros 68.213 a pé.
No quesito disciplinar, o CML informou que apenas um militar que atuou na Força de Pacificação responde a um processo na Justiça Militar por furto.
O caso envolve o primeiro-tenente do Exército Luiz Octávio de Goes Freitas, de 28 anos. Ele foi acusado de furtar uma chopeira, de R$ 7,5 mil, e dois aparelhos de ar-condicionado, de R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil, da casa de um traficante e de uma família do Complexo do Alemão.
Um fuzil que pertencia à Força de Pacificação foi subtraído no ano passado. O inquérito sobre o caso tramita na 4ª Auditoria do Ministério Público Militar no Rio de Janeiro mas sem indiciados ainda.
As tropas do Exército foram substituídas por policiais militares no Alemão e na Penha. Esses PMs iniciaram uma nova ocupação para a implantação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). nas comunidades.
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