MADRI — Imigrantes em situação irregular na Espanha deixarão de receber assistência de saúde (exceto em situações de emergência) a partir do dia 1º de setembro. Entre os afetados, está o grupo de pacientes com Aids, que também não terão acesso à medicação.
O Grupo de Estudo da Aids (Gesida) da Sociedade Espanhola de Enfermidades Infecciosas e Microbiologia Clínica (SEMIC) calcula que serão entre 2,7 mil e 4,6 mil pessoas afetadas, com as quais a medida significa, na prática, uma condenação à morte.
— Além das considerações éticas, os especialistas da Gesida tentaram advertir o Ministério da Saúde sobre o prejuízo que seria deixar esses pacientes sem atendimento e a piora generalizada no campo da infecção por HIV. A medida teria um efeito contrário ao que se busca: o incremento de custos da atenção à saúde — disse o grupo em um comunicado.
Especialistas calculam que aumentará em um ano entre 324 e 580 casos de pessoas infectadas por HIV. — A médio e longo prazo, o que vamos obter é um incremento dos custos de assistências — acrescentou o Gesida.
Para os médicos, a opção mencionada pela ministra de Saúde, Ana Mato, de que as ONGs assumam o tratamento dessas pessoas, não é viável, já que o manejo da doença deve ser feito dentro dos hospitais.
Por isso, “recomendamos ao Ministério que evite a exclusão dos imigrantes afetados por HIV da assistência pública de saúde”.
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