Ciclo de Palestras - A DÉCADA DE 1920
Para comemorar o episódio dos "18 do Forte" o IGHMB estabeleceu parceria com o MHEx e Forte Copacabana, em Ciclo de Palestras com Sessão Inaugural no próprio Forte, estendendo-se pelas duas terças feiras seguintes. O Seminário cobrirá todo o ciclo revolucionário da década de 1920, estando a cargo do Confrade Comte CASCARDO.
Sessão Inaugural: Terça-feira 03 julho – 15 h - Forte Copacabana
5 de julho de 1922 – Os 18 do Forte, Escola Militar e Vila Militar
Expositor – Capitão de Mar e Guerra Francisco Carlos Pereira Cascardo
O próximo dia 5 de julho relembrará o acontecido há noventa anos, quando uns poucos jovens tenentes e mais um civil caminharam pela calçada da praia de Copacabana em direção a tropa que viera combatê-los. Constituída por mais de 600 homens do Exército e Marinha, era chefiadapelo coronel João Nepomuceno da Costa. Ao avistar o reduzido grupo que se aproximava, entendeu que vinham se entregar. Só percebeu o engano quando os primeiros disparos foram feitos contra ele. Os poucos participantes, apenas 18, e mais o nome do local – Forte Copacabana, entraram na história como sendo - OS DEZOITO DO FORTE. Acontecimentos similares ocorreram mais afastados do Palácio do Catete, que era a sede do governo do presidente Epitacio Pessoa, na distante Vila Militar, em Marechal Hermes e na Escola Militar do Realengo. Na Vila Militar, pela primeira vez surgiu para a vida pública o nome de Arthur da Costa e Silva, o qual não poderia prever que quarenta e dois anos mais tarde ascenderia à Presidência da República.
2ª. Sessão: Terça-feira 10 julho – Auditório do IGHMB – Praça da Republica 197
5 de julho de 1924 – a Revolução Paulista de Isidoro Dias Lopes
Expositor – Jornalista Domingos Meirelles
Dois anos após acontece o segundo 5 de julho, agora em São Paulo, capital, quando os revoltosos liderados pelo general Isidoro Dias Lopes ocuparam a cidade nela permanecendo por pouco mais de vinte dias. Para reconquistar São Paulo, o governo do Presidente Arthur Bernardes submeteu a cidade a intenso bombardeio de artilharia e dos aviões do Exército e da Marinha. Ao se retirarem por via férrea para o interior de São Paulo, levando cerca de seis mil homens, numerosas peças de artilharia e grande quantidade de munição, o fizeram em plena ordem. Localizaram-se em Foz Iguassu e permaneceram por mais nove meses ocupando uma área do tamanho da Bélgica. Os remanescentes dos levantes militaresde outubro de 1924, no Rio Grande do Sul, deslocaram-se para o norte e na localidade de Benjamin Constant -PR aconteceu o encontro e posterior fusão das forças, que constituiram a coluna Miguel Costa - Prestes. Esta, durante vinte e sete meses percorreu cerca de 36.000 km, até internarem-se na Bolívia .
3ª. Sessão: Terça-feira 17 julho – Auditório do IGHMB – Praça da Republica 197
3 de outubro de 1930 – a Revolução vem do Sul
Expositor – Jornalista Villas Boas Correa
A terceira e última Palestra - a Revolução de 3 de Outubro de 1930 - é a conclusão armada da década de 1920 . Nesta quebrou-se a ordem constitucional que permitia a estrutura politica e econômica da Chamada " República Velha " e abriu-se o caminho das importantes transformações que liberaram as tensões e forças até então represadas, destacando-se entre elas a industrialização, a questão social, a reforma política, o fim da inverdade eleitoral também chamada de " degola ", etc. Curiosamente a revolução vencedora, que destituíra o presidente Washington Luís e viera do Estado do Rio Grande do Sul, constituia-se de antigos adversários, que eram os " Tenentes " mais os " maragatos " de um lado e os partidários de Borges de Medeiros do outro. O simbolismo que representa a revolução de 1930 é formulado pela cena fotografada em que os vencedores montados a cavalo "amarraram" seus cavalos em torno do obelisco do final da avenida Rio Branco.
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