Só não enxerga quem não quer. A reforma da Avenida Rio Branco foi fundamental para a recuperação da mobilidade urbana da área central da cidade, com reflexos positivos já percebidos nas áreas periféricas.
Tanto o transporte privado quanto o transporte público foram beneficiados com as obras. Evidentemente, e por questões óbvias, o transporte público recebeu um quinhão maior de atenção e, por essa razão, os tempos de viagens ficaram consideravelmente reduzidos, sobretudo porque a avenida está livre de intercorrências que provocavam atrasos de até 30 minutos ou mais nas viagens. Hoje é possível observar que os ônibus estão trafegando sem retenções.
Os dois pontos centrais, próximos ao Parque Halfeld, estão acomodando confortavelmente as pessoas, e as baias são suficientes para receber os coletivos sem filas e atropelos. A avenida antes da obra estava praticamente engessada, o tráfego não fluía, o nível de serviço da via aproximava-se da categoria "E" (fluxo instável) e caminhava aceleradamente para "F" (fluxo forçado), congestionado, quase que totalmente parado.
Hoje já é possível observar a existência de "brechas", ou seja, o interregno de deslocamento entre um pelotão e outro de veículos em determinados trechos da via, significando que o nível de serviço agora é o desejável, classificado como "B" (bom) e, às vezes, "A" (ótimo). Este último, obviamente, fora dos horários de pico. Essas constatações são corroboradas por motoristas e usuários do transporte coletivo.
Por isso, tecnicamente, consideramos a reforma perfeita, providencial e de fundamental importância, independentemente de quem quer que a tenha concebido. A cidade, com certeza, deve estar agradecida pela realização desse projeto na avenida, que, por 30 anos, permaneceu esquecida. Fica faltando somente substituir o atual sistema de transporte coletivo por outro mais moderno e de maior capacidade.
Por JOSÉ LUIZ BRITTO BASTOS Mestre em engenharia de transportes
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