O médico e vice-presidente de futebol do Tupi, José Roberto Maranhas (PSB), será o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela professora Margarida Salomão (PT). Seu nome foi confirmado pela própria petista e pelo deputado federal Júlio Delgado (PSB), no início da noite de ontem, em uma entrevista à imprensa nas dependências da Câmara Municipal. O anúncio foi acompanhado também pelo ex-prefeito Tarcísio Delgado (PMDB). "Maranhas sinaliza nosso empenho em resgatar a autoestima da cidade (por conta do bom momento do Tupi) e a nossa preocupação com o maior clamor da população que é a saúde", resumiu Margarida. Ela ressaltou por várias vezes se tratar de uma composição das "forças progressistas" do município e revelou ter avaliado indicações de outros partidos, como a do ex-sindicalista Paulo Avezani (PRTB) e do ex-secretário do Ministério dos Esportes, Wadson Ribeiro (PCdoB).
Maranhas tratou sua estreia em disputas eleitorais como oportunidade. "Construí toda minha vida nesta cidade e agora tenho uma oportunidade para retribuir tudo isso." Para ele, sua contribuição pode se dar nas áreas de esporte e saúde, mas quer ajudar principalmente na tarefa "da renovação responsável" do município. "A Margarida já demonstrou que tem gabarito para administrar." Antes dele, Júlio Delgado confirmou ter enviado uma lista tríplice à petista, que foi a única responsável pela escolha de Maranhas. O deputado antecipou o propósito de participar ativamente da campanha na forma determinada pela pré-candidata. "Será ela (Margarida) quem vai distribuir as incumbências." Em relação à disputa proporcional, ele revelou ter um acordo encaminhado de aliança com o PCdoB.
Tarcísio preferiu não discursar, mesmo sendo citado por todos oradores. Ele chegou pouco antes do anúncio e saiu tão logo terminou. "Certamente vou apoiar a Margarida", revelou quando descia as escadarias da Câmara Municipal. A forma como vai participar da campanha petista ainda não está definida. "Se tiver uma participação mais efetiva deverei me desfiliar do PMDB. Outro opção é participar de forma mais discreta. Estou avaliando ainda." Seu apoio à petista e sua possível desfiliação são reflexos do conturbado processo envolvendo a convenção peemedebista que escolheu o deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB) como candidato a prefeito.
Na ocasião, Tarcísio tentou colocar a opção de aliança com o PT para apreciação dos convencionais, mas acabou esbarrando nas deliberações da executiva municipal da legenda e do diretório estadual. "O que aconteceu no PMDB foi muito grave. Fui impedido de colocar minha candidatura na convenção do partido. Isso é um absurdo. Se colocasse e perdesse, respeitaria a decisão do partido, como sempre aconteceu. Tentei ser candidato a governador, senador e suplente de senador e fui derrotado. Não teve problema, mas agora é diferente." Ele lamentou principalmente a atitude da atual direção da sigla. "Levei todos para lá (PMDB). Todos trabalharam comigo."
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