terça-feira, 26 de junho de 2012

Exército vai abrir inquérito para investigar acidente com paraquedista


O Exército vai instaurar um inquérito administrativo para investigar o que provocou o acidente que feriu o capitão Leonardo Abraão Rodrigues, de 33 anos. O instrutor de paraquedismo caiu durante um voo no Campo dos Afonsos, na Zona Oeste da cidade, na manhã desta segunda-feira.
Foto: Arte: O Dia
Foto: Arte: O Dia
De acordo com a Brigada de Infantaria Paraquedista, Leonardo acompanhava um grupo de novos paraquedistas. Durante o voo, o paraquedas reserva do capitão se abriu lançando-o para fora da aeronave.
Queda
O capitão Rodrigues caiu de paraquedas durante a realização de um salto no Campo dos Afonsos, em Sulacap, na Zona Oeste, nesta manhã. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), Leonardo foi vítima de uma pane parcial do paraquedas principal e do reserva. Ele se chocou violentamente contra o chão.
Segundo o major Abelardo Prisco, chefe da Seção de Comunicação Social da Brigada de Infantaria Pára-quedista, Rodrigues não saltaria, pois apenas passava instruções à tropa. O capitão estava posicionado próximo à porta do C 130 Hércules, com 64 alunos à bordo, quando de repente, por volta de 7h40, o paraquedas reserva abriu, impulsionando-o para fora da aeronave.

“Em seguida, o paraquedas principal, acionado automaticamente por cabo fixado ao avião, também abriu. A abertura de ambos, porém, não se deu corretamente, pois os dois se enroscaram, caindo rapidamente, em parafuso”, detalhou Prisco.

O capitão sofreu fraturas nas pernas e em um dos braços. Ele foi removido de imediato para o Hospital Geral do Rio (HGeRJ – Vila Militar). Seu estado de saúde é estável.
"Poucos conseguem sobreviver"
O major Prisco admitiu que o capitão Rodrigues “contou muito com o fator sorte” . “Acidentes como esse não são comuns e poucos conseguem sobreviver. Realmente ele teve sorte”, comentou, ressaltando que um inquérito foi aberto para verificar possíveis falhas nos equipamentos.

No fim de julho do ano passado, ‘milagre’ semelhante aconteceu com o piloto-instrutor de asa delta Elias Nunes da Fonseca, 50 anos, em Niterói. Ele fazia um voo duplo com uma aluna, quando, também depois da abertura involuntária do paraquedas de emergência, despencou de uma altura de 340 metros (comparável a um edifício de 113 andares). Ambos caíram sobre um matagal e não sofreram nenhum arranhão sequer.

A queda, que durou 30 segundos, ocorreu depois de eles pularem de rampa no Parque da Cidade. O drama gerou cenas impressionantes, filmadas por câmera instalada na asa delta. Hoje, Fonseca usa as imagens para a prevenção de acidentes.

Explosão na Vila Militar
O Exército investiga as causas da explosão que matou o jovem Vinícius Figueira Benedcito Eugenio, de 21 anos, e feriu outros 10 alunos da Escola de Sargentos de Logística (EsSLog), na noite da última quarta-feira, no campo de instrução de Camboatá, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste. Em entrevista coletiva concedida no início na quinta, o coronel Abílio Sizino de Lima Filho disse que apenas após a conclusão do inquérito, dentro de 40 dias, será possível identificar as causas do acidente.
Militares enfileirados ao lado do caixão de Vinícius Figueira Benedcito Eugenio | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Militares enfileirados ao lado do caixão de Vinícius Figueira Benedcito Eugenio | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
De acordo com o militar, ainda não é possível identificar que tipo de artefato provocou a explosão. O coronel também informou que o acidente pode ter sido causado pelo acendimento da fogueira ou por um pisão. "O artefato não poderia estar naquele local. Esse grupo não utiliza explosivos, apenas material para simulação. O acidente ocorreu em uma área onde o grupo se preparava para passar a noite, por volta das 21h. Eles haviam acendido uma fogueira e iriam preparar o jantar quando o artefato explodiu", afirmou.
Sizino de Lima Filho ainda revelou que o último grupo a utilizar explosivos na área onde ocorreu o acidente era formado por homens do Centro de Instrução de Operações Especiais. Eles deixaram o local em 2011. O coronel disse, contudo, que sempre é realizada uma varredura de inspeção após treinamentos com artefatos. O enterro de Vinícius foi enterrado no Cemitério do Caju, na Zona Norte. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário