Encontro debateu medidas estratégicas e planejou futuras parcerias no enfrentamento à criminalidade nos dois estados e na região sul do Amazonas Foto: Marcos Vicentti/Secom
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Mais uma vez, o governador Gladson Cameli demonstrou sua preocupação com a Segurança Pública do Acre. Nesta segunda-feira, 9, o gestor teve um importante encontro com o governador de Rondônia, Marcos Rocha, e com o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, general Luciano Batista de Lima, em Porto Velho (RO), para debater medidas estratégicas e planejar futuras parcerias no enfrentamento à criminalidade nos dois estados e na região sul do Amazonas.
Um dos principais assuntos tratados durante a reunião diz respeito à proteção da faixa fronteiriça. Juntos, Acre e Rondônia possuem 3.680 quilômetros de fronteira com Bolívia e Peru, maiores produtores globais de cocaína. O combate ao narcotráfico internacional é uma das diretrizes do programa Acre pela Vida. Gladson afirmou que o seu governo não aceita mais que o estado seja porta de entrada e nem rota para o tráfico de entorpecentes e armas.
Cameli lembrou que a União, segundo a Constituição Federal, é responsável por garantir proteção as fronteiras. Disse ainda que tem feito um grande esforço junto às forças estaduais de Segurança Pública na repressão aos crimes transfronteiriços e aproveitou a oportunidade para solicitar mais apoio do Exército e demais órgãos federais para intensificar as ações.
“Sabemos da fragilidade das nossas fronteiras e o quanto isso contribui para o cometimento de crimes, como o tráfico de drogas e armas. O Estado tem feito a sua parte, mas sozinhos não conseguimos dar conta. Por isso, é muito importante que o governo federal tenha um olhar diferenciado para a Amazônia. O momento pede a união de todos e eu tenho certeza que seremos atendidos e vamos conseguir alcançar nossos objetivos”, declarou Gladson Cameli.
O chefe do Executivo acreano pontuou que tem alertado os demais governadores do país sobre a questão da Segurança Pública e enfatizou que a situação deve ser tratada com prioridade pelo Estado Brasileiro.
“Não podemos mais postergar esse assunto e, por onde tenho ido, converso com os governadores sobre o tema. Temos que nos unir e pressionar o governo federal para dar mais atenção, principalmente, aos estados amazônicos”, defendeu.
Diante da demanda apresentada, o general Lima explicou que a área de atuação da 17 ª Brigada abrange 88 município acreanos, rondonienses e amazonenses. O comandante colocou à disposição os Pelotões de Fronteira do Acre para serem utilizados como bases de apoio para instituições federais e estaduais na realização de operações. “Sou defensor da integração das ações do Exército com a Segurança Pública e nos colocamos à disposição para ajudar”, frisou.
O governador Marcos Rocha elogiou a postura do Exército ao defender mais integração entre os estados e a União. Para o gestor rondoniense, a proteção da região amazônica e sua população deve ser tratada como questão de soberania nacional.
“Queremos mostrar que quem controla o nosso país somos nós, brasileiros. As ações que vamos fazer em conjunto com o Exército é para proteger a nossa Amazônia e fazer com que a nossa população tenha o devido respeito. Estou muito agradecido por esta reunião e ao governador Gladson Cameli por vir aqui em Rondônia debater estes assuntos que são de grande interesse para nós. Estamos juntos pela defesa dos nossos estados e da Amazônia”, argumentou.
Operação Verde Brasil e investimentos para os dois estados
General Lima aproveitou o encontro com os dois governadores para apresentar o balanço das atividades da 17ª Brigada de Infantaria de Selva no ano passado. O comandante destacou as ações da operação Verde Brasil, criada durante o estabelecimento da Lei da Garantia e da Ordem Ambiental.
Por meio de ações repressivas, o Exército contribuiu consideravelmente para a redução das queimadas nos estados do Acre e Rondônia. “Nosso trabalho representou 75% dos resultados obtidos pela operação Verde Brasil na região amazônica. Conseguimos que o desmatamento registrado em outubro de 2019 fosse o menor dos últimos 20 anos”, ressaltou.
Avaliando a possibilidade de uma nova operação em 2020, o comandante da 17ª Brigada conclamou os governadores dos dois estados para atuar preventivamente para que a situação seja evitada nos próximos meses. O desafio foi aceito prontamente por Gladson Cameli.
“Já estamos trabalhando no Acre para que não possamos repetir aquilo que registramos em 2019 e não dar margem para que setores tirem proveito político da situação. Sou defensor do meio ambiente e o nosso governo vai cumprir e cobrar contra aqueles que desobedecerem a legislação”, garantiu.
Anúncios importantes também foram feitos nas áreas de infraestrutura e social. Um deles diz respeito à reconstrução do aeródromo de Marechal Thaumaturgo. A obra receberá investimento na ordem de R$ 40 milhões e será executado pelo Exército. A pista será construída em concreto armado, assegurando mais durabilidade e segurança para a população.
Os colégios cívico-militares dos dois estados receberão novos livros gratuitamente por parte da instituição militar. Em 2021, Rio Branco e Porto Velho contarão com a Escola de Instrução Militar.
Outra importante garantia dada foi a continuação e fortalecimento dos projetos sociais desenvolvidos pelo Exército nos dois estados, entre eles, o Conservatório Musical do Juruá. Referência nacional pela qualidade e engajamento de centenas de adolescentes, a iniciativa conta com o apoio do governo do Estado.
Os governadores Gladson Cameli e Marcos Rocha foram homenageados com a medalha da 17ª Brigada, honraria concedida para autoridades e personalidades que contribuem para o desenvolvimento e fortalecimento da instituição.
Acompanharam a reunião a primeira-dama do Acre, Ana Paula Cameli; a primeira-dama de Rondônia, Luana Rocha; o secretário de Segurança Pública do Acre, Paulo Cezar Rocha dos Santos; e o secretário de Segurança Pública de Rondônia, José Hélio Pachá.
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