domingo, 11 de outubro de 2015

TCU QUER JULGAR EQUIPE ECONÔMICA DE DILMA COM RAPIDEZ

ENTRE AS 17 AUTORIDADES LIGADAS ÀS PEDALADAS FISCAIS, ESTÃO ALDEMIR BENDINE (PETROBRAS), QUE FOI PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL, O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ALEXANDRE TOMBINI, E O MINISTRO DO PLANEJAMENTO, NELSON BARBOSA
Depois de recomendar ao Congresso a rejeição das contas do governo em 2014, o Tribunal de Contas da União (TCU) quer acelerar o julgamento da responsabilização de integrantes da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff pelas pedaladas fiscais. Com isso, a ideia é dar um elemento a mais para que o Congresso Nacional analise as contas da petista, além de, nos bastidores, ser tratado como mais uma resposta da Corte ao governo após a ofensiva do Palácio do Planalto nesta semana, quando tentou barrar o julgamento das contas sob o argumento da suspeição do relator, ministro Augusto Nardes.
Na avaliação de ministros da Corte, a tendência é de que a maioria das 17 autoridades ligadas às pedaladas fiscais sejam condenadas, pois o entendimento de que houve descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está cristalizado. Entre os nomes na mira estão o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e Aldemir Bendine, que foi presidente do Banco do Brasil (BB) e hoje comanda a Petrobrás.
'Criadores'. O alto escalão do primeiro mandato de Dilma, considerado "criadores das pedaladas", também está na lista, como o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
O procurador do Ministério Público de Contas (MPC), que atua no TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, vai recomendar a responsabilidade de cada uma das 17 autoridades. Os ministros do TCU decidirão, então, se acatam os pedidos individuais.
Eles podem ser punidos com multa de até R$ 49 mil e inabilitação para o exercício de cargos públicos.
Na defesa formal apresentada ao TCU pelo ex-secretário do Tesouro, Augustin disse não ter responsabilidade sobre a decisão dos bancos públicos de continuarem pagando em dia os benefícios sociais depois que o Tesouro, controlado por ele, atrasou os repasses. (AE)
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=41946355586

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