Edital do Judiciário mineiro publicado nesta semana prevê a aquisição de 160 tipos de alimentos para magistrados, tribunal do júri e eventos institucionais em Belo Horizonte; gastos são mais que o dobro das gestões anteriores
Estadão Conteúdo
Levantamento feito pelo Estado revela que, desde que a atual gestão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) tomou posse, em 2014, os lanches para juízes, desembargadores, tribunais do juri e eventos institucionais no prédio sede do Judiciário mineiro ficaram mais fartos. Enquanto nos quatro anos anteriores a média de gasto com os lanches ficou em torno de R$ 741,4 mil, corrigidos pela inflação, o edital para fornecimento de alimentos para “confecção de lanches” deste ano tem previsão de gastar R$ 1,7 milhão.
Publicado nesta segunda-feira, 26, o certame prevê um total de 160 alimentos, incluindo carnes nobres como filé mignon e filé de salmão, que não eram comprados nas gestões anteriores. Mesmo em tempos de crise, a variedade de alimentos licitados também é a maior em cinco anos.
Está prevista a compra de itens como 18 mil abacaxis, 20 toneladas de pão de queijo, 16,8 toneladas de mamão havaí, 1,8 tonelada de presunto e duas toneladas de presunto de peru light. A licitação prevê ainda as marcas dos produtos, em muitos casos longe de serem as mais baratas. O filé mignon, por exemplo, deve ser Friboi e o peito de peru da Sadia. Há ainda a previsão de compra de 36 embalagens de 60 ml de molho de pimenta importado Tabasco.
Considerando apenas os editais disponibilizados no portal da transparência do TJMG, a variedade de alimentos está acima da média das duas gestões anteriores (2010-2012 e 2012-2014), que foi de 116,8 tipos de alimentos por edital. Os editais são publicados anualmente e têm vigência de 12 meses. No portal do tribunal não há os editais de licitações de lanches antes de 2010.
Além da farta variedade, em alguns casos o consumo de determinados alimentos disparou na atual gestão da corte mineira, iniciada em junho de 2014. De 2010 ao edital lançado no primeiro semestre de de 2014, por exemplo, a corte licitava anualmente 50 unidades de alface por ano. No segundo semestre de 2014, logo após o atual presidente, desembargador Pedro Bitencourt, tomar posse, a corte antecipou a licitação do ano seguinte e lançou um edital que previa a compra de 1260 unidades de alface lisa e 150 unidades de alface roxa. No edital deste ano está prevista a mesma quantidade do vegetal.
Os salários de juízes e desembargadores do TJMG variam de R$ 26 mil a R$ 30 mil. Além disso, os magistrados contam com auxílio-alimentação mensal de R$ 751.
Preços. O valor das compras previsto nos editais também acabou engordando. Em 2011 o certame previa gastos de R$ 492,3 mil ( R$ 662,3 mil atualmente, corrigidos pela inflação), valor que saltou para R$ 602,2 mil (R$ 768,8 mil corrigido) em 2012, ficou em R$ 548,8 mil (R$ 656,1 mil corrigido) em 2013 e, no primeiro edital de 2014, ficou em R$ R$ 776,5 mil ( R$ 878,4 mil corrigido).
Mesmo considerando o índice de inflação IPCA, os valores dos editais anteriores ainda ficam muito abaixo do previsto pela atual gestão. No edital do segundo semestre de 2014 previa R$ 1,66 milhão (que equivaleriam atualmente a R$ 1,8 milhão corrigido pela inflação) e o deste ano estima-se em R$ 1,7 milhão.
Questionado, o Tribunal alega que desde 2010 houve aumento de consumo de lanches pois “além dos dois prédios do Tribunal e do Fórum, os Juizados Especiais e os dois prédios das Varas de Fazenda passaram a receber lanches”, diz a corte em nota. O TJMG ainda atribui o aumento da variedade de alimentos a “ajustes anuais”.
O edital prevê que os alimentos sejam encaminhados todos para o edifício sede da Justiça mineira, no centro de Belo Horizonte. Desta forma, os 906 juízes de primeiro grau que atuam no interior não são contemplados com os lanches.
Publicado nesta segunda-feira, 26, o certame prevê um total de 160 alimentos, incluindo carnes nobres como filé mignon e filé de salmão, que não eram comprados nas gestões anteriores. Mesmo em tempos de crise, a variedade de alimentos licitados também é a maior em cinco anos.
Está prevista a compra de itens como 18 mil abacaxis, 20 toneladas de pão de queijo, 16,8 toneladas de mamão havaí, 1,8 tonelada de presunto e duas toneladas de presunto de peru light. A licitação prevê ainda as marcas dos produtos, em muitos casos longe de serem as mais baratas. O filé mignon, por exemplo, deve ser Friboi e o peito de peru da Sadia. Há ainda a previsão de compra de 36 embalagens de 60 ml de molho de pimenta importado Tabasco.
Considerando apenas os editais disponibilizados no portal da transparência do TJMG, a variedade de alimentos está acima da média das duas gestões anteriores (2010-2012 e 2012-2014), que foi de 116,8 tipos de alimentos por edital. Os editais são publicados anualmente e têm vigência de 12 meses. No portal do tribunal não há os editais de licitações de lanches antes de 2010.
Além da farta variedade, em alguns casos o consumo de determinados alimentos disparou na atual gestão da corte mineira, iniciada em junho de 2014. De 2010 ao edital lançado no primeiro semestre de de 2014, por exemplo, a corte licitava anualmente 50 unidades de alface por ano. No segundo semestre de 2014, logo após o atual presidente, desembargador Pedro Bitencourt, tomar posse, a corte antecipou a licitação do ano seguinte e lançou um edital que previa a compra de 1260 unidades de alface lisa e 150 unidades de alface roxa. No edital deste ano está prevista a mesma quantidade do vegetal.
Os salários de juízes e desembargadores do TJMG variam de R$ 26 mil a R$ 30 mil. Além disso, os magistrados contam com auxílio-alimentação mensal de R$ 751.
Preços. O valor das compras previsto nos editais também acabou engordando. Em 2011 o certame previa gastos de R$ 492,3 mil ( R$ 662,3 mil atualmente, corrigidos pela inflação), valor que saltou para R$ 602,2 mil (R$ 768,8 mil corrigido) em 2012, ficou em R$ 548,8 mil (R$ 656,1 mil corrigido) em 2013 e, no primeiro edital de 2014, ficou em R$ R$ 776,5 mil ( R$ 878,4 mil corrigido).
Mesmo considerando o índice de inflação IPCA, os valores dos editais anteriores ainda ficam muito abaixo do previsto pela atual gestão. No edital do segundo semestre de 2014 previa R$ 1,66 milhão (que equivaleriam atualmente a R$ 1,8 milhão corrigido pela inflação) e o deste ano estima-se em R$ 1,7 milhão.
Questionado, o Tribunal alega que desde 2010 houve aumento de consumo de lanches pois “além dos dois prédios do Tribunal e do Fórum, os Juizados Especiais e os dois prédios das Varas de Fazenda passaram a receber lanches”, diz a corte em nota. O TJMG ainda atribui o aumento da variedade de alimentos a “ajustes anuais”.
O edital prevê que os alimentos sejam encaminhados todos para o edifício sede da Justiça mineira, no centro de Belo Horizonte. Desta forma, os 906 juízes de primeiro grau que atuam no interior não são contemplados com os lanches.
http://www.istoe.com.br/reportagens/439609_LANCHE+DE+JUIZES+E+DESEMBARGADORES+FICA+R+1+MI+MAIS+CARO+EM+MINAS
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