ELE RARAMENTE DESPACHAVA COM DILMA E FOI SUBMETIDO A VÁRIAS HUMILHAÇÕES. (FOTO: ABR)
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Siqueira, que teve o seu cargo extinto pela presidente Dilma Rousseff, distribuiu nota criticando a decisão. Ele nem sequer compareceu ao ato de anúncio da “reforma administrativa” de Dilma, na manhã desta sexta-feira (2), ao contrário de outros colegas que perderam seus cargos.
No texto divulgado, o general deseja que o governo Dilma “saiba conduzir nosso país e seu povo ao destino que merecem”. E ainda pede que a decisão venha a ser “retificada”, e “para o bem da sociedade e do Brasil”.
A atitude do general Elito foi ridicularizada por assessores de Dilma, que atribuem sua reação apenas à perda do cargo.
O ex-chefe do GSI nunca foi um ministro próximo a presidente, apesar da proximidade física no Palácio do Planalto, e jamais conseguia despachar com ela. Um desses raros momentos ocorreu há dias, quando Dilma comunicou a ele a intenção de incluir o GSI na reforma administrativa.
O general relata haver pedido a presidente para “não inserir, em uma mudança política, um Ministério de Estado com 77 anos de existência (desde 1938) e com competências institucionais que exigiram, desde a sua criação, o nível ministerial”. Segundo Elito, Dilma lhe disse na ocasião que ainda não havia decidido e que sua argumentação deveria ser submetida ao ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, que também acabaria afastado do seu cargo.
Humilhações
Assessores presidenciais relatam frequentes humilhações impostas ao general pela presidente, sem que isso tenha provocado pedidos de demissão.
Dilma anunciou a extinção do GSI e decidiu que a segurança presidencial, sob o comando do general Marcos Antonio Amaro, ficará subordinada a um gabinete militar, vinculado diretamente a ela. As demais atribuições do GSI, que têm na sua estrutura a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), passarão para a nova Secretaria de Governo, que nascerá da atual SecretariaGeral comandada pelo ministro Ricardo Berzoini.
Na tarde desta sextafeira, depois de ver concretizada sua demissão e a extinção de sua pasta, o general Elito foi à Abin se despedir e voltou criticar a decisão da presidente sobre o fim do GSI, repetindo os termos usados em sua carta divulgada à imprensa.
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=41523455970
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