Uma discussão entre o vereador Wanderson Castelar (PT) e o deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), no início da noite desta segunda-feira (21), virou caso de polícia. Noraldino afirma ter sido ameaçado fisicamente e de morte pelo petista, que nega as acusações. Castelar, por sua vez, afirma também ter sido ameaçado pelo parlamentar. Neste momento, Castelar está dentro da Câmara Municipal, onde uma equipe da Polícia Militar (PM) dá andamento à ocorrência. Informações extra-oficiais dão conta de que o vereador teria recebido voz de prisão e que pode ser levado para a delegacia. A PM ainda não comentou o ocorrido para confirmar essa versão. Noraldino aguarda um desfecho do lado de fora do Palácio Barbosa Lima.
O desentendimento teve início pouco depois das 18h, tão logo a sessão ordinária de ontem se encerrou e foi confirmado por vários presentes. Segundo os relatos de vários vereadores, Noraldino foi pego pelo braço por Castelar, quando tentava cumprimentar Rodrigo Mattos (PSDB), que presidiu a reunião. Nas palavras de Ana Rossignoli (PDT), André Mariano (PMDB), Chico Evangelista (PROS), Nilton Militão (PTC), José Emanuel (PSC), Léo de Oliveira (PMN) e Oliveira Tresse (PSC), foi nessa hora em que o vereador teria feito ameaças ao deputado estadual.
“Ajudei a separar para evitar um problema maior. Castelar estava transtornado”, relata Léo de Oliveira. Noraldino se diz vítima de ameaças e se mostra surpreso com o fato. “Lamento muito e ainda não consegui entender o ocorrido. Acho até que o vereador precisa de um tratamento para controlar essa conduta agressiva.”
Por outro lado, Castelar minimizou o entrevero, negou ter feito ameaças a Noraldino e disse que foi intimidado pelo parlamentar estadual, que o teria chamado “para a briga”, em uma sala reservada. “Quem cobre o cotidiano da Casa sabe que, desde a eleição para a Mesa Diretora, o grupo ligado ao deputado vem me hostilizando. O vereador José Emanuel quebrou o decoro antes de entrar na Câmara me chamando de traidor. Identifico o Noraldino como o mandante deste comportamento belicoso”, afirmou.
Na versão do petista, ele teria interpelado Noraldino cobrando o fim de intimidações por parte de correligionários do deputado estadual – incluindo o vereador José Emanuel. Ainda segundo Castelar, a discussão só se tornou áspera após gesticulação do deputado estadual o chamando “para a briga na sala do cafezinho”. O relato é endossado por Roberto Cupolillo (Betão, PT).
“Estava no plenário, pronto para sair, quando presenciei uma discussão que se estendeu até a sala dos vereadores. Não sei quem começou. Mas vi o deputado chamando o vereador e insinuando uma briga.
“Estava no plenário, pronto para sair, quando presenciei uma discussão que se estendeu até a sala dos vereadores. Não sei quem começou. Mas vi o deputado chamando o vereador e insinuando uma briga.
Citado por Castelar, José Emanuel desconsiderou as afirmações do petista. “Ele me citou? Faço questão de esquecer que esse cidadão é vereador”, declarou, negando qualquer tipo de intimação.
http://www.tribunademinas.com.br/briga-entre-castelar-e-noraldino-vira-caso-de-policia/
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