O boato de que o médico José Laerte Barbosa deixaria a Secretaria Municipal de Saúde ganhou força nas últimas horas e não deve se dissipar tão facilmente diante da posição de silêncio adotada pela Prefeitura. Via assessoria de imprensa, o Executivo municipal evitou comentar o assunto e sequer confirmou uma reunião que teria acontecido entre o secretário e o prefeito Bruno Siqueira (PMDB). Fontes próximas a José Laerte, entretanto, afirmam que o encontro ocorreu a portas fechadas entre a tarde e a noite de ontem. Coincidência ou não, as especulações ecoaram após a interdição do centro cirúrgico e da Central de Materiais Esterilizados (CME) do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Juiz de Fora, na última sexta-feira, situação que ainda não foi equacionada.
Ouvido pela reportagem, Eduardo Schröder, presidente municipal do PSDB, pelo qual o atual titular da Saúde já foi vereador, não quis comentar a possível saída de José Laerte da Prefeitura. Sobre o boato, admitiu que existem questões administrativas pertinentes tanto ao titular da Secretaria de Saúde quanto ao prefeito. “Isso sempre deve vir em primeiro lugar”, dando a impressão que, mais do que acordos políticos, a decisão pela manutenção ou pela exoneração do secretário é responsabilidade do chefe do Executivo. Schröder, todavia, adiantou que os tucanos não têm, no momento, intenção de deixar o Governo e reiterou apoio à gestão de Bruno.
A discrição e o silêncio da Prefeitura, entretanto, apenas fomentam as especulações que, nos meios políticos, colocam como opções para o lugar de José Laerte dois ex-secretários municipais de Saúde – a confusão talvez se dê pela semelhança dos nomes. São eles: Cláudio Reiff, que ocupou a pasta entre setembro de 2010 e agosto de 2011, durante a gestão do prefeito Custódio Mattos (PSDB); e Cláudio Reis, titular da Saúde durante a passagem do José Eduardo Araújo pela cadeira de chefe do Executivo em 2008 e que hoje desempenha função no consórcio intermunicipal de saúde da região, o Cisdeste.
Assim como José Laerte, os dois são próximos ao grupo que ocupou a Secretaria de Estado da Saúde nas recentes gestões tucanas no Governo de Minas, entre 2002 e 2014, quando o deputado federal Marcus Pestana (PSDB) e o deputado estadual Antônio Jorge (PPS) exerceram a função de secretário estadual.
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