segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Costa diz que ex-ministra de Dilma recebeu R$ 1 mi da Petrobras

PUBLICADO EM 19/10/14 - 15h26
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ao Ministério Público que, em 2010, a estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha ao Senado da petista Gleisi Hoffmann. 

Quando a presidente Dilma começou a governar, em 2011, ela se licenciou do mandato para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil, posto que ocupou até fevereiro deste ano.
Costa disse que recebeu o pedido para ajudar na candidatura de Gleisi e que o repasse foi feito pelo doleiro Alberto Youssef.
Ele lembrou ainda que naquele ano, o marido de Gleisi, Paulo Bernardo, ocupava o cargo de ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Neste ano, a petista concorreu ao governo do Paraná e terminou a disputa na terceira colocação, com 14,9% dos votos.
O ex-diretor da estatal disse ainda que tal doação pode ser comprovada através da inscrição que ele próprio lançou em sua agenda pessoal, apreendida pela Polícia Federal, no dia 20 de março, três dias depois da deflagração da Lava Jato.
Em uma página do caderno do ex-diretor consta, entre outras, a seguinte anotação: "PB 0,1". Segundo o delator da Lava Jato, o registro significa "Paulo Bernardo, R$ 1 milhão".
Os investigadores da Lava Jato tiveram a confirmação de que a quantia de R$ 1 milhão destinada à campanha de Gleisi foi entregue em espécie, em Curitiba, para "um emissário" da campanha da senadora.
Costa relatou que o dinheiro para a campanha de Gleisi saiu de uma cota equivalente a 1% sobre o valor de contratos superfaturados da Petrobrás. Ele disse também que esse valor era da "propina do PP", partido da base aliada ao governo Dilma que foi presidido pelo deputado José Janene (PR), morto em 2010. Janene foi líder do PP na Câmara dos Deputados e réu do mensalão federal no Supremo Tribunal Federal.
O ex-executivo da Petrobrás revelou que o PT e o PMDB eram contemplados com parcelas de valores dos contratos de diretorias da estatal. O partido do governo, segundo ele, ficava com até 3% em alguns casos.

Já Youssef contou em seu depoimento à Justiça Federal que Costa, apesar de cuidar do 1% destinado ao PP na diretoria de Abastecimento, que muitas vezes tinha que atender a pedidos do PMDB e do PT.
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