Doze presos que cumprem medida de segurança no Hospital de Pronto Socorro (HPS) teriam anunciado uma greve de fome a partir da noite desta quarta-feira (10).
Segundo o secretário de Saúde, José Laerte Barbosa, os detentos estariam exigindo “regalias”, como um aparelho de TV, geladeira e até visitas íntimas.
Informações extraoficiais indicam que o protesto teria começado há dois dias como forma de exigir melhores condições, já que o local onde eles estão sendo mantidos seria considerado precário. Há ainda a queixa de falta de ventilação na enfermaria, pois uma grade teria sido colocada na janela que foi quebrada na semana passada pelos próprios presos. Segundo os denunciantes, a medida adotada como forma de segurança teria vedado a ventilação.
O secretário disse na quarta-feira que os presos foram demovidos da ideia de realizar o protesto e teriam inclusive jantado no final da tarde.
A questão é considerada delicada, pois a permanência de detentos no HPS é irregular, uma vez que o Estado possui suas próprias unidades médicos-penais e garante possuir vagas.
Já o Judiciário contesta, afirmando que não consegue transferir os presos para esses locais. Desta forma, acabam utilizando o hospital como opção, embora reconheçam que a unidade de urgência e emergência não seja o local ideal para o envio de sentenciados.
Matéria da Tribuna, publicada no dia 28 de agosto, denuncia o problema e questiona o uso da unidade. Embora o pronto socorro tenha a obrigação legal de atender indivíduos com risco iminente de morte, os leitos têm sua finalidade desviada, pois são utilizados para o cumprimento de pena.
http://www.tribunademinas.com.br/ameaca-de-greve-de-fome/
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