domingo, 26 de janeiro de 2014

Mestre Jansen se prepara para o carnaval da Real Grandeza e do bloco Come Quieto

26 de Janeiro de 2014 - 07:00


Por MARISA LOURES

Ainda faltam alguns dias para a abertura oficial do carnaval na cidade, e Mestre Jansen, 31 anos, já está totalmente envolvido no clima da Festa de Momo. Toda terça e quinta, às 20h, ele se encarrega de puxar a bateria durante os ensaios da Escola de Samba Real Grandeza, que vai para a avenida no dia 22 de fevereiro. No mesmo dia, tomará as ruas do centro com o bloco Come Quieto. O aquecimento é às terças, às 20h, e sábados, às 11h30, na Privilège. Com o projeto Ponto do Samba, Jansen toca clássicos do gênero ao lado de amigos consagrados em Juiz de Fora, como Roger Resende e Carlos Fernando Cunha. A próxima edição está marcada para 24 de fevereiro, às 20h, na Praça Antônio Carlos, dentro da programação do Corredor da Folia.
Todo primeiro sábado do mês, ele se reúne com os demais companheiros do Quarteto Visceral no Quintal Bar para embalar a plateia com sucessos de Cartola, Noel Rosa, Zé Keti, Ataulfo Alves, entre outros. Aliás, com o grupo, já percorreu até eventos no Rio de Janeiro. Ainda anima formaturas, casamentos e aniversários com o Swing Samba Show.
Ufa, para ter fôlego para tanta folia, só mesmo com uma ajuda bem familiar. "Meu pai (já falecido), seresteiro, boêmio, cantor da noite, me iniciou na boa música, mas a minha Real Grandeza é quem me criou para o mundo", reflete o músico, que, quando está longe da batida da bateria, é eletricista de automóvel e técnico em injeção eletrônica e mecânica.
Juiz-forano, Jansen José Narciso se considera "uma pessoa de bom coração, guerreira, parceira, ansiosa e determinada". Esta última característica é que o estimula a "evoluir cada vez mais no samba" e a querer voltar a cursar a faculdade de direito. Para quem o acompanha, ele antecipa que já tem algumas letras de sua autoria e de parceiros saindo do forno neste ano. "Quero trabalhar muito, visando o melhor para o público", vislumbra, destacando o espaço que reserva para o samba. "Sem ele, não sei viver. Os outros 50% do tempo divido com a minha família, amigos e com projetos pessoais."
Livro
"Tambores de Angola", pelo espírito Ângelo Inácio e psicografia de Robson Pinheiro
Para quem vive do samba como eu, tem que ler para saber o poder da força do couro do tambor
Escritor
Vinícius de Moraes
Viveu para saber o que escrevia. Inclusive, as sete experiências amorosas que ele teve influenciaram em sua escrita, conforme ele mesmo falou em documentário
Filme
"Homens de honra", de George Tillman Jr.
Mostra o preconceito ainda existente. Imagina na época em que se passa o filme? Retrata a história de um negro que foi servir à Marinha americana, sendo o primeiro afro-americano a receber o título de mergulhador de combate
Sambista
Zeca Pagodinho
É quem consegue atingir todas as classes sociais
CD
"Obrigado gente", do João Bosco
Letra e instrumental valem a pena
Música
"José e João", de João Nogueira e Martinho da Vila
Os compositores falam sobre a violência das guerras e a intolerância dos povos
Escola de Samba
Vila Isabel
A Escola reflete a efervescência da comunidade. O amor pelo samba é evidente
http://www.tribunademinas.com.br/cultura/vale-a-pena-1.1417318

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