O projeto de vigilância das fronteiras brasileiras, desenvolvido pelo Exército Brasileiro, foi debatido na Acadepol (Academia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), na última sexta-feira (25), durante a palestra proferida pelo general de brigada Elias Rodrigues Martins Filho. Trata-se do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
Piloto desse projeto estratégico do Exército, que tem por objetivo aumentar a vigilância e a proteção das fronteiras brasileiras, já vem sendo desenvolvido em Dourados (MS) e está previsto para ser instalado em sua totalidade até 2025, na área de 16.886 quilômetros que se estende por dez Estados brasileiros e faz divisa com 11 países.
Durante a palestra que contou com a presença do secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, do delegado-geral da Polícia Civil Jorge Razanauskas Neto, de delegados, oficiais do exército e outras autoridades, o general explicou que o Sisfron é baseado em uma rede de sensores e radares. Segundo ele, são colocados sobre a linha de fronteira e interligada a sistemas de comando e controle, que por sua vez, estarão interligados às unidades operacionais com capacidade de dar resposta, em tempo real, aos problemas detectados.
“O Sisfron trabalha em conjunto e alimenta com dados e informações em tempo real as Polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil, Militar e órgãos de fiscalização municipal, estadual e federal como a Secretarias de Fazenda, IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e Ministério da Agricultura, por exemplo”, destaca o General Elias.
Segundo o general, atualmente, o projeto está em fase de implantação em Dourados, na área da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Nesta fase, é monitorada uma faixa de 600 quilômetros na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. “Com investimentos de R$ 11 bilhões, a previsão é de que o Sisfron leve dez anos para ser totalmente implantado”, explica.
"O Exército vem trabalhando para apresentar o projeto às autoridades estaduais e municipais, à classe empresarial, entidades educacionais e demais setores que tenham interesse em conhecer a forma pela qual o sistema vai trabalhar em prol da sociedade brasileira", explicou o general.
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